Ana Jorge, deputado do PSD Açores
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Os Açores destacam-se. E fazem-no com mérito próprio. O mais recente Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR 2023), publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, confirma o que muitos já sabem: a Região Autónoma dos Açores apresenta um desempenho acima da média nacional na dimensão da qualidade ambiental. No total das 26 sub-regiões, a Região Autónoma dos Açores posiciona-se em 2.º lugar. Mas mais do que um feito estatístico, este é o reflexo de uma estratégia consistente que faz da sustentabilidade uma prioridade — não apenas retórica, mas governativa.

Esta distinção ambiental não é o resultado inevitável da geografia ou do isolamento: é fruto de políticas públicas progressistas, seguindo a visão estratégica do XIV Governo Regional. Medidas como a reestruturação dos Centros de Processamento de Resíduos para valorização dos biorresíduos, os investimentos em zonas de compostagem, e o funcionamento do Sistema de Depósito de Embalagens, que já permitiu recolher mais de 20 milhões de unidades, traduzem-se em impactos reais, mensuráveis e benéficos para todos.

Não estamos perante ações isoladas. A Região assumiu-se como território-laboratório de soluções ambientais para o espaço europeu e atlântico. Projetos como o MAC TEXTIL, para a reciclagem de resíduos têxteis, ou o CircularOcean, que combate o lixo marinho em áreas portuárias, demonstram uma vocação clara para a inovação ambiental e para a liderança em redes de cooperação internacional — em particular, na Macaronésia.

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É talvez no combate às alterações climáticas que mais se evidencia o salto qualitativo. O programa LIFE IP CLIMAZ, com cerca de 20 milhões de euros de investimento alocados, congrega departamentos governamentais e parceiros em torno de uma resposta integrada e científica aos desafios climáticos. A isto juntam-se a criação do Observatório Climático do Atlântico, a modernização do Observatório da Montanha do Pico, os sistemas de alerta em bacias hidrográficas e a revisão do Plano Estratégico de Gestão de Resíduos (PEPGRA 20+), ferramentas modernas ao serviço da prevenção, da adaptação e da mitigação.

O Programa do XIV Governo Regional dos Açores elevou a sustentabilidade a pilar estruturante da governação. A Agenda para a Economia Circular, a capacitação do setor da construção para práticas sustentáveis, a criação de redes ecológicas e o incentivo à mobilidade suave são mais do que intenções: são alicerces para um novo modelo de desenvolvimento. Uma economia verde que aposta nos recursos naturais e que posiciona os Açores e Portugal no mundo, com ambição e responsabilidade.

Durante o recente debate parlamentar levado a cabo no Plenário de julho sobre a coesão económica e social, alguns tentaram desvalorizar estes progressos, continuando a mirrar numa senda corrosiva o rumo que os Açores tomam sob a governação de José Manuel Bolieiro, talvez porque os dados incomodam. Talvez porque é mais fácil negar do que construir. Mas a verdade impõe-se, os Açores estão melhor do que estavam. E isso não se deve a sorte, nem a ciclos, deve-se a trabalho, a visão e a uma governação que enfrentou problemas com soluções, com coragem e visão.

A qualidade ambiental que se alcançou, como se constata nesta publicação do INE, não é um símbolo, é uma vantagem competitiva, é um motor de futuro, é um estímulo para trabalhar, continuar a trabalhar pelos Açores, que se quer exemplo de ambição e progresso usando-a como motor de futuro. É motivação para continuar a investir numa educação e sensibilização ambiental fundamental para uma cidadania ativa e exigente.

O futuro da Região passa pela criação de inovação, fomentando a formação e a criação desemprego qualificado. Não basta manter o que já alcançámos é necessário um trabalho contínuo, mobilizando os instrumentos e o conhecimento dos Açores, sob a liderança de quem tem ambição, visão e trabalha para o bem legítimo de todos os açorianos – o Governo de José Manuel Bolieiro. É tempo de usar esta base sólida para dar continuidade a um ciclo de desenvolvimento, justo, inovador, verdadeiramente sustentável e coeso.

Neste tempo em que os dados confirmam os avanços, a desconfiança e a inveja são matéria inútil. Precisamos, isso sim, de confiança, iniciativa e união, para transformar resultados em conquistas duradouras, posicionando os Açores como exemplo de coesão, de ambição e de progresso.

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