Na ordem internacional híbrida, o tabuleiro dos movimentos assimétricos assume a regra de ouro de que não há acordos para o futuro que garantam benefícios do presente.Passado o efeito do tempo dos duo polistas e reduzida “a disparidade em poder estratégico entre os Estados Unidos e… (…)”, pois a multipolaridade veio a diversificar-se em alianças para guerras frias e simultaneamente novas divergências. No caso dos BRICS, facto do interesse dos EUA, em perspetiva,por um ataque ao Irão, forma política de demonstrar ao bloco dos 11, composto também por várias potências, alguma ‘intrepidez’.
Se, e como se faz crer, na base do instinto presidencial em política externa, matéria sobre a qualidade presidencial, por camadas de burocracia, de Robert D. Kaplan, leia-se, tipificada em Donald Trump, o pior de todos, capaz de forjar um Nobel da Paz, para si,a relação estabelecida entre as bombas lançadas no passado sábado à noite, (21/22 junho), pelos EUA e as bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, só se comparam por ausência de necessidade. Uma operação ‘Pearl Harbor’ de recurso. Informação adulterada, i.e., um ataque à diplomacia de Trump, desferido por Israel sob a forma de intensa pressão.
Ao corroborar que a conversão direta em guerras, dos recursos, (petróleo, gás, etc.,) e da balcanização da Palestina com curdos, por parte de Israel e não só, continuarão os conflitos, com reforço de contexto nas entrelinhas da única página da declaração final da cimeira da Nato em Haia,[para enfrentar a ameaça de longo prazo representada pela Rússia à segurança euro-atlântica e a ameaça contínua do terrorismo],não haverá qualquer regresso à homeostasia de ‘equilíbrio’ na Europa dos 27. Diria dos equilíbrios;pois, capacitar os Estados para a proteção de infraestrutura crítica, defesa de redes, garantira prontidão e resiliência civil, desbloqueio do potencial de inovação e fortalecimento da sua base industrial de defesa… estou a pensar, principalmente, em Portugal.
Do enviesado, porém; os persas do Irão são signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. E assim, obrigam-se às inspeções da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Esta agência, até ao momento, ‘não encontrou’ evidências de que o Irão tenha um programa nuclear militar. No entanto, a AIEA fez inúmeras perguntas para esclarecer certos aspetos sobre o seu programa civil,sem obter qualquer resposta, o que é perfeitamente compreensível, dado o investimento em pesquisa de fusão iraniano-russa. Na prática, os documentos divulgados pela imprensa iraniana dois dias antes do ataque israelita, alegadamente, indiciam o diretor da AIEA, o argentino Rafael Grossi, de atividades de espionagem ao serviço de Israel, a quem transmite todas as informações das inspeções. Portanto, a um Estado que não é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares… não é membro da AIEA, sublinhe-se!