PUB

Cerimónia decorreu na Sé de Angra. Diocese passa a contar com 12 diáconos permanentes em três ilhas.

O Bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, ordenou na tarde deste sábado, 22 de junho, sete novos diáconos permanentes durante uma cerimónia solene na Sé Catedral, aumentando para doze o número total de diáconos deste ministério na Diocese de Angra. Os novos ministros, formados ao longo dos últimos quatro anos no Seminário Episcopal de Angra, vão exercer o seu serviço pastoral nas ilhas de São Miguel, Terceira e Pico.

Durante a homilia, o prelado esclareceu o papel do diácono na estrutura da Igreja, deixando uma afirmação clara:

PUB

“O diácono não é uma espécie de vice-pároco ou um ministro a meias.”

D. Armando destacou que os diáconos não são ordenados para o sacerdócio, como os presbíteros, mas para o ministério, sublinhando a importância do seu contributo numa Igreja sinodal e missionária.

“Na verdade, os diáconos favorecem um amadurecimento da unidade entre fé e vida, sem separações indevidas entre sagrado e profano. Eles deslocam a Igreja para junto dos que mais precisam”, afirmou, aludindo à presença dos diáconos em todos os espaços da sociedade, sobretudo junto dos mais frágeis.

O bispo apelou à vivência concreta da missão, pedindo-lhes que sejam “lavadores de pés”, próximos dos tristes, pobres, doentes e enlutados, e que exerçam o ministério da caridade com humildade, servindo como discípulos de Cristo que veio para servir e não para ser servido.

“São necessários os diáconos que trazem profecia social, da política à economia, e que colaboram com todos os que acreditam na fraternidade e na paz, numa permuta de dons com o mundo”, acrescentou, citando o Documento Final do Sínodo, que apela à promoção do diaconado.

D. Armando Esteves explicou ainda que, segundo o mandato episcopal, os diáconos têm por missão presidir às orações, celebrar o batismo, assistir e abençoar matrimónios, levar o viático aos moribundos, presidir funerais e exercer a caridade cristã.

Dos sete diáconos hoje ordenados, quatro são casados e três são solteiros, sendo que estes últimos permanecerão nessa condição para manterem “um coração indiviso”. A sua presença nas celebrações litúrgicas não visa a solenidade, mas sim o significado de proximidade, afeto e disponibilidade para com o povo de Deus.

A ordenação marca um reforço significativo no compromisso pastoral da Diocese de Angra com a presença de ministros ordenados junto das comunidades, e representa um novo impulso no caminho sinodal que a Igreja Açoriana tem vindo a percorrer.

PUB