O deputado do PSD/Açores à Assembleia da República, Paulo Moniz, reafirmou esta terça-feira a confiança no novo Governo liderado por Luís Montenegro, destacando “o compromisso do Governo da República com os Açores e com todos os Açorianos”.
Na sua intervenção durante a sessão plenária sobre o Programa de Governo, o parlamentar social-democrata sublinhou que, “em apenas 11 meses do mandato anterior, o Governo da República resolveu e desencadeou, a bem dos Açores, assuntos que estavam na gaveta há tempo demais”. Segundo Paulo Moniz, esta atuação corresponde a uma “demanda de prioridades reconhecida nas urnas pelos açorianos, que deram uma grande vitória à Coligação [PSD/CDS/PPM], aumentando o número de deputados na Assembleia da República”.
No debate, Paulo Moniz lamentou o que considerou ser um “exercício de negação dos resultados eleitorais” por parte do Partido Socialista, referindo-se à intervenção do líder do PS/Açores, Francisco César.
“Essa negação é tanto mais grave tratando-se de um partido que suportava anteriores governos que escreviam pouco ou quase nada para os Açores nos seus programas de governo — e o pouco que escreviam, não cumpriam”, acusou. Em contraponto, defendeu que o atual Executivo “analisa e cumpre, ao contrário de outros governos que apenas prometiam”.
Como exemplo concreto de ação governativa, Paulo Moniz recordou que “há duas semanas foi finalmente lançado o concurso das obrigações de serviço público para as rotas aéreas não liberalizadas de Santa Maria, Faial e Pico”, destacando que esta era uma reivindicação antiga da Região que “anos e anos se arrastou sem resposta”.
O deputado sublinhou ainda que o Programa do Governo contempla “a revisão da Lei de Finanças Regionais, uma matéria de grande importância para os Açores”, e frisou que o processo “já poderia ter avançado, não fossem as eleições antecipadas”.
Paulo Moniz referiu igualmente a intenção do Governo de avançar com “Obrigações de Serviço Público para o transporte marítimo de mercadorias, passageiros e comunicações”, como forma de garantir o princípio da continuidade territorial e social, que diz ter sido “consecutivamente ignorado pelo Partido Socialista”.
A terminar, o parlamentar assumiu o compromisso de continuar a trabalhar pelos Açores:
“À semelhança do que fizemos no mandato anterior, em vários dossiês e nas nossas reivindicações, propomos unir esforços, construir pontes e formar alianças para resolver assuntos da nossa Região. Defendemos, sempre, os Açores e os supremos interesses de todos os Açorianos”, concluiu.