O Governo dos Açores vai iniciar na segunda-feira uma visita estatutária à ilha das Flores, onde vai visitar o porto das Lajes, destruído pelo furacão Lorenzo em 2019 e afetado em dezembro de 2022 pela tempestade Efrain.
Segundo a agenda da visita, a que a agência Lusa teve acesso, na segunda-feira o executivo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) vai visitar o estaleiro onde estão a ser fabricados os antiferes para a obra de emergência do Porto das Lajes das Flores, seguindo-se uma visita ao porto comercial da ilha.
O porto das Lajes das Flores foi seriamente danificado em novembro de 2019 pela passagem do furação Lorenzo e, em dezembro de 2022, pela tempestade Efrain, o que gerou problemas de abastecimento de bens àquela ilha do grupo Ocidental.
Na segunda-feira, o executivo regional vai ainda ter uma reunião com o presidente da Câmara das Lajes, Luís Maciel (PS), e inaugurar as obras de requalificação do entreposto frigorífico daquele concelho.
No primeiro dia da visita, o Governo dos Açores também vai estar reunido com o Conselho de Ilha das Flores.
Também na segunda-feira, o vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, vai visitar o Centro de Bem-Estar Social da Paróquia da Santa Cruz das Flores.
Na terça-feira, vai decorrer a reunião do Conselho do Governo e a comitiva vai visitar o núcleo de Pescas do porto de Santa Cruz e o Centro de Processamento de Resíduos da Ilha das Flores.
A 18 de maio, a associação ambientalista Zero alertou, em declarações à Lusa, para a sobrelotação do centro de processamento de resíduos da ilha, apelando às autarquias da ilha e ao Governo dos Açores para levar o “assunto a sério” por uma questão de “salubridade pública”.
No mesmo dia, os presidentes de câmara da ilha das Flores revelaram que o escoamento de resíduos já foi retomado, mas pediram viagens mais regulares devido às quantidades acumuladas, de forma a assegurar a operação durante a época alta.
Segundo o Estatuto dos Açores, o Governo Regional tem de visitar cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano, com a obrigação de reunir o Conselho do Governo na ilha visitada.