O vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, defendeu que o próximo quadro financeiro plurianual da União Europeia (UE) deve reforçar um apoio à economia emergente da região, onde existe uma “dupla insularidade”.

Segundo uma nota hoje divulgada pelo Governo açoriano, o responsável pelos assuntos europeus no executivo regional destacou a importância dos transportes na região, referindo que “de Santa Maria ao Corvo distam mais de 600 quilómetros”, o que faz com que “haja na região uma dupla ultraperiferia”, sendo o mar a ferrovia dos Açores.

Artur Lima reuniu em Bruxelas com a Direção-Geral da Mobilidade e dos Transportes (DG MOVE) e a Direção-Geral da Política Regional e Urbana (DG REGIO).

Nos encontros foi destacado que as estruturas portuárias e aeroportuárias de todas as ilhas constam já da nova versão da política de rede transeuropeia de transportes (RTE-T), segundo a nota de imprensa.

Artur Lima colocou ainda ênfase nas perspetivas dos Açores para o próximo quadro financeiro plurianual, defendendo que este “deverá diligenciar um apoio reforçado e direcionado para promover o investimento nas novas economias emergentes da Região Autónoma dos Açores”.

De acordo com o governante, a economia azul, a economia espacial e as novas tecnologias de comunicação “representam áreas-chave para o desenvolvimento sustentável e para a criação de novos empregos, inovação e crescimento económico”, prosseguiu.

Para Artur Lima, o próximo quadro deverá, “não só promover a construção de novas infraestruturas necessárias”, mas também “o financiamento para a reabilitação, requalificação e redimensionamento das infraestruturas existentes, otimizando os recursos e dando resposta às necessidades de manutenção e modernização”.

O responsável político considerou ser “fundamental que os Açores mantenham uma presença constante junto das instituições europeias”, de modo a garantir que “as justas e reais necessidades da ultraperiferia sejam devidamente reconhecidas”.

PUB