O presidente da comissão parlamentar de inquérito ao incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES) defendeu hoje que aquela comissão está a “prestar um bom serviço à democracia açoriana”, após uma visita à unidade de saúde.

“Acho que esta comissão está a prestar um bom serviço à democracia açoriana sem prejuízo de haver posições antagónicas e, sobretudo, sem prejuízo de todos garantirem que todas as questões que têm são colocadas e são efetivamente esclarecidas”, afirmou Berto Messias (PS).

O deputado falava aos jornalistas após uma visita ao edifício principal do HDES e à infraestrutura modular construída na sequência do incêndio em 04 de maio de 2024.

Berto Messias alertou que o escrutínio “nunca pode ser posto em causa” numa democracia, a propósito dos trabalhos da comissão, onde nas últimas semanas foram ouvidos técnicos das áreas da engenharia e da saúde, administradores e profissionais do HDES.

“Não podemos diabolizar aquilo que é o debate político-partidário e o escrutínio. Ninguém num Estado de Direito está acima do escrutínio. É isso que tem sido feito. Umas vezes com mais intensidade, outras vezes como menos intensidade”, reforçou.

O presidente da comissão adiantou que os deputados visitaram as “áreas da zona mais afetada pelo incêndio” e destacou a disponibilidade do conselho de administração para prestar esclarecimentos.

A visita dos deputados não foi acompanhada pela comunicação social por decisão da administração do HDES.

Berto Messias confirmou que, durante esta semana, vai ser “definido o prazo para entrega do relatório final” e a data da reunião para apreciação do relatório.

As audições da comissão de parlamentar de inquérito terminam na quinta-feira com a auscultação da secretária regional da Saúde (PSD/CDS-PP/PPM), Mónica Seidi.

No dia antes, na quarta-feira, vai ser ouvida a atual presidente do HDES e diretora clínica à data do incêndio, Paula Macedo.

No dia 04 de maio de 2024, o HDES, o maior hospital dos Açores, foi afetado por um incêndio, que obrigou à transferência de todos os doentes para outras unidades de saúde da região, da Madeira e do continente.

Os serviços do hospital reabriram de forma faseada e foi instalado um hospital modular junto ao edifício do HDES, que será alvo de obras de recuperação e modernização.

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