Pairam no ar ameaças de conflitos de grandes proporções. O risco é real mas, para lá dele, há poderosos interesses económicos que sabem que o negócio mais lucrativo é o militarismo: em 2024, as 100 maiores empresas de armamento declararam lucros de 600 mil milhões de euros. É o resultado das guerras e do crescimento das tensões geopolíticas e os 29 países da NATO são responsáveis por 55% desses negócios. Daqui tiram-se duas conclusões: que a NATO é uma organização que promove a guerra e a insegurança – apesar do que diz a sua propaganda – e que a melhor via para a Paz é mesmo a redução das tensões e a resolução negociada e política dos conflitos.

A questão essencial para a sobrevivência do Planeta e da Humanidade é que este negócio exige conflitos abertos, trazendo consigo destruição e morte. A História mostra que a aposta no armamento leva apenas a uma espiral sem fim: cada lado arma-se mais porque o outro também o fez.

Como afirmou o Papa Francisco, a alternativa que se coloca à Humanidade não é a guerra infinita, mas sim a Paz e a resolução diplomática dos conflitos, contrariando o que chamou de “economia que mata”. Ora, o caminho seguido pela União Europeia não é esse. Ouvimos agora dizer que os países da UE terão de aumentar a verba com o militarismo, fingindo não saber que essas são as exigências de Trump. É, mais uma vez, a cedência absoluta a interesses que não são os nossos!

Não é a corrida ao armamento que constrói a Paz e o triste exemplo da Ucrânia mostra-o: o dinheiro gasto em armas em 3 anos não reduziu nem travou a guerra! A resposta para evitar e resolver os conflitos está na cooperação económica e política entre os Estados. Portugal deve investir na Defesa, nos termos da nossa Constituição: não servindo quem vive do lucrativo negócio da morte, mas sim afirmando a nossa soberania e os interesses nacionais. Infelizmente, na Assembleia da República, os deputados da CDU estão sozinhos a defender a Paz, a Cooperação e a pôr o dedo na ferida, denunciando os poderosos interesses que existem em torno da guerra e também é isso que estará em causa nestas eleições!

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