O Governo Regional dos Açores distinguiu 50 juntas de freguesia do arquipélago no âmbito do programa Eco-Freguesia, que premeia as autarquias por ações de limpeza, manutenção e sensibilização ambiental, revelou hoje.
“Foram distinguidos com o Prémio de Excelência 50 freguesias, das nove ilhas dos Açores, que se destacaram, em 2024, no esforço de limpeza, de manutenção e de sensibilização ambiental, com o envolvimento das populações, às quais foi atribuído um prémio adicional no valor de mil euros”, afirmou o secretário regional do Ambiente e Ação Climática (PSD/CDS/PPM), Alonso Miguel, citado em comunicado de imprensa.
Este ano, os prémios do programa Eco-Freguesia foram entregues numa cerimónia realizada em Santa Cruz da Graciosa.
Segundo o titular da pasta do Ambiente nos Açores, em 2024 inscreveram-se no programa 135 freguesias, “cujo trabalho conjunto permitiu monitorizar e intervir em 266 quilómetros de ribeiras e em 85 quilómetros de orla costeira, bem como dinamizar 528 ações de sensibilização e educação ambiental”.
“Como resultado, foram removidas cerca de 4.385 toneladas de resíduos abandonados em espaços públicos, um número muito expressivo, cinco vezes superior às 867 toneladas recolhidas em 2023”, apontou.
Alonso Miguel salientou que o executivo reforçou o investimento alocado a este programa, para que as autarquias locais “possam enfrentar com firmeza os enormes desafios associados à limpeza e manutenção de espaços públicos, à proteção de pessoas e bens e à preservação do nosso património ambiental”.
“Efetivamente, a partir de 2023, a Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática mais do que duplicou o investimento anual neste programa, face ao que se verificava até 2020, aumentado a dotação do programa de valores que não chegavam a meio milhão de euros, para um milhão de euros, a distribuir pelas freguesias inscritas”, vincou.
O secretário regional do Ambiente defendeu que o Eco-Freguesia é um “instrumento estratégico” de cooperação entre o executivo e as juntas de freguesia “para a limpeza e manutenção de espaços públicos, incluindo linhas de água e a orla costeira”, promovendo também o envolvimento das populações em ações de sensibilização e educação ambiental.
“Espaços públicos limpos e ribeiras desobstruídas, aliados a boas práticas ambientais por parte das populações, são aspetos fundamentais para reduzir o risco relativamente a diversos perigos naturais, como a ocorrência de cheias, inundações e deslizamentos de terra, contribuindo decisivamente para a salvaguarda das populações e para evitar prejuízos materiais e financeiros avultados, algo extremamente relevante em ilhas como as nossas, sujeitas a uma acrescida vulnerabilidade aos efeitos das alterações climáticas”, sublinhou.