Os Açores registaram mais de 244 mil dormidas em alojamentos turísticos no mês de março, uma subida de 2,3% face ao período homólogo, segundo dados revelados hoje pelo Serviço Regional de Estatística (SREA).

“Em março, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural) dos Açores registaram-se 244,2 mil dormidas, valor superior em 2,3% ao registado no mês homólogo”, lê-se no relatório de Atividade Turística do SREA, relativo ao mês passado.

Os alojamentos turísticos dos Açores contabilizaram, neste mês, 78,9 mil hóspedes (mais 3,5%), com uma estada média de 3,1 noites, que baixou 1,2% em termos homólogos.

O mercado nacional registou cerca de metade das dormidas (50,2%), somando 122,6 mil, mais 7,8% do que no período homólogo.

Já o mercado externo registou uma quebra de 2,7%, face a março de 2024, totalizando 121,6 mil dormidas.

Entre os mercados externos, os Estados Unidos da América voltaram a ser o maior mercado emissor, em março, com 26,1 mil dormidas (21,5% das dormidas de residentes no estrangeiro), o que representa um aumento homólogo de 3,6%.

Em segundo lugar, surge a Alemanha, com 22,2 mil dormidas (18,3%), que registou uma subida de 3,3%, e em terceiro o Canadá, com 16,6 mil dormidas (13,6%), que aumentou 32,6%.

Os mercados com maiores crescimentos homólogos foram Israel (81%), Áustria (48%) e Chéquia (38,2%), enquanto Eslovénia (-66,2%), Dinamarca (-48,5%) e Espanha (-43,3%) verificaram as maiores descidas.

Com 158,3 mil dormidas, a hotelaria concentrou 64,8% do total em março, seguindo-se o alojamento local com 77,1 mil dormidas (31,6%) e o turismo rural com 8,7 mil dormidas (3,6%).

O turismo rural registou um crescimento homólogo de 36,1%, quase seis vezes superior ao registado na hotelaria (6,6%). Já o alojamento local verificou uma quebra de 8% face a março de 2024.

Considerando apenas hotelaria e alojamento local, que concentraram 96,4% das dormidas, só cinco das nove ilhas do arquipélago registaram um aumento de dormidas em março.

O Corvo foi a ilha que verificou o maior aumento (35,8%), seguindo-se Faial (24,5%), São Jorge (17,2%), Pico (7,6%) e Terceira (4,8%).

Em sentido contrário, as ilhas Graciosa (-35,2%), Santa Maria (-21,5%), Flores (- 11,8%) e São Miguel (-0,7%) apresentaram decréscimos no número de dormidas.

A ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, concentrou 71,5% das dormidas em hotelaria e alojamento local (168,5 mil), nesse mês, seguindo-se Terceira, com 36,1 mil dormidas (15,3%), Faial, com 14,7 mil dormidas (6,3%), e Pico, com 8 mil dormidas (3,4%).

Com exceção de São Miguel e Flores, o mercado nacional teve maior peso nas dormidas de todas as ilhas, sendo mais expressivo nas ilhas Graciosa (96%), Corvo (84,8%) e Santa Maria (82,7%).

Na maioria das ilhas, os principais mercados externos foram Estados Unidos ou Alemanha, mas no Corvo destaca-se Espanha, com 4,1%.

Na hotelaria, a taxa líquida de ocupação por cama atingiu 42,6% em março (mais 1,8 pontos percentuais) e os proveitos totais subiram 10,8% para 9,1 milhões de euros.

O rendimento médio por quarto disponível foi de 35,82 euros e por quarto utilizado de 70,78 euros.

Já o turismo rural apresentou uma taxa de ocupação por cama de 19,9% (mais 1 ponto percentual) e proveitos totais de 954,8 mil euros (mais 56,7%).

Nesta tipologia, o rendimento médio por quarto disponível atingiu 38,05 euros e por quarto utilizado 145,27 euros.

No alojamento local, não são apresentados dados sobre os proveitos, mas a taxa de ocupação por cama foi de 23,5%, uma quebra de 1,8 pontos percentuais face ao período homólogo.

Segundo o relatório, 54,1% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes em março.

 

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