O presidente do parlamento dos Açores considerou hoje que é “urgente reafirmar a força do legado” do 25 de Abril, um momento fundador da democracia portuguesa que “continua a moldar o presente e a inspirar o futuro”.

“Hoje, passados 51 anos, recordamos a Revolução dos Cravos – um ponto de viragem na história coletiva do nosso povo e um marco inaugural da democracia portuguesa. Foi nesse dia, em 1974, que Portugal recuperou a liberdade, o direito ao voto através do sufrágio universal, à palavra, à participação e à dignidade. Um momento que permanece tão atual quanto necessário”, afirmou Luís Garcia, citado numa nota de imprensa divulgada pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA).

Para Luís Garcia, num tempo em que o mundo “parece constantemente atravessado por incertezas, é urgente reafirmar a força do legado de Abril: a liberdade, a justiça social, os direitos humanos, o poder da pátria sobre o seu destino”.

Na sua opinião, festejar este marco é, por isso, “assumir um compromisso com o presente e com o futuro”: “É garantir que os ideais de Abril continuam vivos, sobretudo junto dos mais jovens, que, tal como nós, herdaram esta liberdade e têm a missão de a preservar e aprofundar”.

“Independentemente da idade ou da vivência direta dos acontecimentos de 1974, a Revolução de Abril é um marco que se inscreve na identidade coletiva de todos nós. Um momento fundador da democracia portuguesa, que continua a moldar o presente e a inspirar o futuro”, afirma.

Na mensagem sobre o 25 de Abril, Luís Garcia aponta que este ano também se assinalam os 50 anos das primeiras eleições livres e democráticas da história de Portugal, realizadas em 25 de abril de 1975.

“Pela primeira vez, os portugueses elegeram livremente os membros da Assembleia Constituinte, responsáveis por redigir a Constituição que consagrou, entre outros marcos históricos, a autonomia político-administrativa dos Açores e da Madeira”, recorda.

Segundo o líder do parlamento açoriano, essa trajetória de quase meio século encontra na ALRAA a sua expressão “mais elevada e consolidada”: “Este parlamento carrega uma responsabilidade que é histórica, mas também profundamente atual: a de defender os valores de Abril e de continuar a construir, com ambição e responsabilidade, a nossa autonomia”.

Na sua opinião, o aprofundamento da autonomia, o reforço da coesão regional e a afirmação da voz da região no contexto nacional são “expressões vivas desse legado”.

São também “desafios permanentes que exigem visão, coragem e compromisso, e que cabem, em primeiro lugar, à Assembleia Legislativa, enquanto garante institucional da vontade do povo açoriano”.

“Cabe-nos assegurar que os Açores continuam a ser parte ativa na construção de um país plural, democrático e solidário, onde a diversidade territorial é valorizada como uma força, e não como uma fragilidade”, concluiu Luís Garcia.

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