O Governo dos Açores quer estabelecer “laços” de cooperação económica e científica com o Japão, assinalando as geografias de ambos os arquipélagos, história, cultura e interesses marítimos e científicos, que “se descobrirão mutuamente”, foi hoje anunciado.
Esta vontade foi assumida pelo vice-presidente do Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), que presidiu na quinta-feira à apresentação da participação da região na Exposição Universal de 2025, em Osaka, Japão, que decorrerá entre 13 de abril e 13 de outubro.
“Queremos continuar o caminho de afirmação dos Açores a nível internacional”, realçou Artur Lima, durante o evento que teve lugar na Better Tourism Lisbon Travel Market (BTL), segundo nota divulgada pelo executivo.
A presença dos Açores na Expo Osaka 2025 acontece sob o tema “Entre Corações”, uma referência à música tradicional açoriana que pretende transcender barreiras culturais.
No conceito agora apresentado, estão vertidas as analogias entre os dois arquipélagos, ligados pela natureza, cultura e mar.
Artur Lima destacou que “as geografias de ambos os arquipélagos possibilitaram o desenvolvimento de uma história, cultura e interesses marítimos e científicos muito particulares, que agora se descobrirão mutuamente em Osaka”.
O vice-presidente, citado na nota de imprensa, sublinhou que “o Governo dos Açores está a potenciar as características únicas do arquipélago”, no contexto do seu enquadramento geográfico “como um inegável centro para a investigação de alto nível e investimento de valor acrescentado no Oceano Atlântico”.
O governante destacou ainda “o grande potencial” que existe ao nível de cooperação científica entre os Açores e o Japão, que pode trazer “transferências de conhecimento substanciais entre as partes”.
Esta é “uma oportunidade de mostrar o nosso desenvolvimento tecnológico e inovação em curso”, salientou.
A participação dos Açores neste evento visa ainda estabelecer “laços de cooperação económica e comercial que promovam a captação de investimento externo e a projeção de bens e produtos açorianos”, segundo Artur Lima.
A cooperação com o Japão pode ainda desenvolver-se no quadro da União Europeia (UE).
Artur Lima lembrou que as relações UE-Japão também se baseiam “no compromisso com o Acordo de Paris e no Quadro Mundial de Kunming-Montreal”, este último que estabelece a meta de conservar e gerir 30% das zonas terrestre ou marítimas.
O vice-presidente frisou que “os Açores são pioneiros nesta matéria”, com a recente criação da “maior Área Marinha Protegida do Atlântico Norte”.