O Bloco de Esquerda (BE) nos Açores manifestou-se hoje preocupado com a baixa taxa de vacinação contra a gripe no arquipélago nos grupos prioritários, defendendo medidas que alterem essa situação.

Segundo o BE, que questionou o Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a situação, através de um requerimento enviado ao parlamento, um recente relatório do “Vacinómetro” revela que os Açores são a região do país com “menor taxa de vacinação contra a gripe nos grupos prioritários”.

De acordo com o mesmo relatório do “Vacinómetro”, um projeto da Sociedade Portuguesa de Pneumologia que monitoriza a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde, nos Açores, 36% da população com 65 anos ou mais foi vacinada.

Por outro lado, 85,2% da população na região Norte foi vacinada, 80,6% no Algarve, 78,6% na Madeira, 71,6% na região Centro, 68% na Área Metropolitana de Lisboa e 59,4% no Alentejo.

“É importante perceber as causas que levam a uma taxa de vacinação tão baixa e, ao mesmo tempo, implementar medidas que contribuam para aproximar a taxa de vacinação contra a gripe na Região Autónoma dos Açores à taxa média que se regista a nível nacional”, defende o Bloco, no requerimento enviado pelo deputado único do BE no parlamento açoriano.

António Lima questiona o Governo Regional sobre “dados concretos” em relação à taxa de vacinação contra a gripe na região, nos últimos três anos, incluindo a desagregação por grupo prioritário, por ilha e por ano.

O Bloco quer saber se o Governo Regional considera importante garantir uma elevada taxa de vacinação contra a gripe, particularmente nos grupos prioritários, e se reconhece que a taxa de 36% de vacinados na população com 65 ou mais anos de idade é muito baixa.

No requerimento, o BE pergunta ainda ao Governo quais os métodos de notificação e divulgação da vacinação que foram utilizados junto dos grupos prioritários nos últimos três anos.

Além disso, pretende saber as medidas que serão implementadas para “aumentar a taxa de vacinação nos grupos prioritários no próximo inverno”, realçando que, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, “os estudos demonstram que a vacina contra a gripe é segura, eficaz e reduz significativamente as hospitalizações e a mortalidade do vírus”.

PUB