Os Açores têm atualmente 13 zonas húmidas classificadas como sendo de Importância Internacional, que representam aproximadamente 13 mil hectares, com importância para as populações e para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, foi hoje anunciado.
Os pântanos, charcos, lagos, rios e pauis fazem parte das designadas zonas húmidas, importantes para a conservação da biodiversidade e para a regulação do clima.
Citado numa nota de imprensa do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), o secretário regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, recorda que nos Açores existem atualmente 13 zonas húmidas classificadas como sendo de Importância Internacional, no âmbito da Convenção de Ramsar, atendendo à sua “raridade no contexto internacional, e nomeadamente no contexto da região biogeográfica, a Macaronésia”, que representam “uma área de aproximadamente 13 mil hectares”.
No âmbito do Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se celebra em 02 de fevereiro, a secretaria regional do Ambiente e Ação Climática adianta que decorrem atividades para assinalar a efeméride, sob o tema “Proteger as Zonas Húmidas para o Nosso Futuro Comum”.
Alonso Miguel destaca ainda a importância das zonas húmidas para a regulação do ciclo hidrológico, a recarga de aquíferos, o controlo de inundações, a retenção de nutrientes, a produção de biomassa, e para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, “mais concretamente no que se refere ao sequestro de carbono da atmosfera”.
O governante refere-se, em concreto, ao projeto ‘LIFE IP AZORES NATURA’, que é “o maior projeto de conservação da natureza alguma vez desenvolvido nos Açores, com uma dotação superior a 19 milhões de euros”.
Em 02 de fevereiro assinala-se igualmente o Dia Nacional do Vigilante da Natureza, tendo o secretário regional evidenciado o contributo destes profissionais na conservação da natureza e a ação que desenvolvem de sensibilização das populações.
Recentemente foi feito um reforço dos meios à disposição do corpo de vigilantes da natureza, com “a contratação de mais 12 efetivos e com a aquisição de equipamentos essenciais para a sua atuação, como viaturas ‘pick-up’, embarcações pneumáticas e maquinaria, num investimento de cerca de um milhão de euros”, acrescenta Alonso Miguel.
“Foram também promovidas diversas formações e adquiridos drones para cada um dos nove Serviços de Ambiente e Ação Climática, representando um investimento de cerca de 60 mil euros, e que estão ao dispor do corpo de Vigilantes da Natureza”, acrescenta.
Para assinalar as efemérides, a secretaria regional do Ambiente e Ação Climática está a dinamizar, entre 31 de janeiro e 07 de fevereiro, atividades direcionadas para a comunidade escolar em todas as ilhas, com o objetivo de sensibilizar para a importância das zonas húmidas na preservação da biodiversidade e dar a conhecer as funções de fiscalização e monitorização desempenhadas pelos vigilantes da natureza.