O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, manifestou hoje pesar pela morte de Vasco Rocha Vieira, recordando que o tenente-general “desempenhou sempre as suas funções públicas com dignidade”.

“Presto homenagem a um homem que, ao longo da sua carreira, desempenhou sempre as suas funções públicas com dignidade, sentido de dever e profundo compromisso com o interesse público”, afirma José Manuel Bolieiro, citado numa nota de imprensa.

O chefe do executivo regional açoriano acrescenta que Vasco Rocha Vieira “deixa um legado de serviço ao país, que será lembrado com respeito e gratidão”, manifestando “profundo pesar pelo falecimento do tenente-general”, que “desempenhou relevantes funções ao serviço de Portugal”.

Vasco Rocha Vieira, que foi ministro da República para os Açores entre 1986 e 1991, “destacou-se pela forma íntegra e responsável com que exerceu o cargo, contribuindo para o fortalecimento das relações entre a Região Autónoma dos Açores e o Estado, sempre com respeito pela autonomia regional e pelas especificidades dos Açores”, lê-se na nota.

O executivo açoriano refere que o tenente-general destacou-se também no desempenho do cargo de Governador de Macau entre 1991 e 1999 e, nesse período, “liderou o território até à transferência da administração para a China, num processo histórico de elevada importância e conduzido com firmeza e grande sentido de Estado”.

O tenente-general Vasco Rocha Vieira, último governador português de Macau e antigo Chefe do Estado-Maior do Exército, morreu hoje de madrugada aos 85 anos, confirmou à Lusa fonte oficial daquele ramo militar.

Vasco Joaquim Rocha Vieira nasceu em 16 de agosto de 1939.

Foi Chefe do Estado-Maior do Exército e, por inerência, membro do Conselho da Revolução entre 1976 e 1978.

Desempenhou as funções de ministro da República dos Açores (1986-1991) e em 1991 foi nomeado para governador de Macau pelo então Presidente da República português, Mário Soares.

Foi o 138.º e último governador português de Macau, cargo que ocupou até 1999, quando se processou a transferência do território para a China.

Em 2015, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada pelo ex-Presidente Cavaco Silva.

Anteriormente, fora condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1986), atribuída pelo general Ramalho Eanes, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo (1996), conferida por Mário Soares, e com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique (2001), atribuída por Jorge Sampaio, uma condecoração atribuída excecionalmente, já que é normalmente destinada a chefes de Estado.

Era licenciado em Engenharia Civil e tirou vários cursos e especialidades, incluindo o Curso Geral de Estado-Maior, o Curso Complementar de Estado-Maior, o Curso de Comando e Direção para General Oficial e o Curso de Defesa Nacional.

PUB