O vice-presidente do executivo açoriano considerou hoje que a discussão do Plano e Orçamento para 2025 é “momento crucial” para o futuro coletivo da região que quer “continuar a convergir” com os índices europeus de investigação e inovação.
“Decorrido apenas meio ano do debate e aprovação do Plano e Orçamento para 2024, dilação que tantos prejuízos causou aos Açores e aos açorianos, estamos perante o plenário, no calendário certo, para apresentar e discutir as nossas propostas para continuar um percurso sólido e estável para o desenvolvimento dos Açores”, afirmou Artur Lima na discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2025, que começou hoje na Assembleia Regional, na Horta.
Este é, prosseguiu “um momento crucial” para o futuro coletivo, um momento em que o compromisso para com “o desenvolvimento sustentável, a coesão social e a melhoria da qualidade de vida de todos os açorianos se refletem” no que é apresentado pelo Governo Regional.
Para o vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), o documento “não é apenas um plano financeiro, é um reflexo” da visão “para o futuro dos Açores: uma região mais resiliente, mais inovadora e mais ambiciosa”.
“É com este espírito de trabalho conjunto e de compromisso para com o bem-estar de todos os açorianos, que apresentamos as nossas linhas mestras deste Plano e Orçamento, confiantes de que estamos a construir um caminho sólido e sustentável para a nossa região”, afirmou.
Artur Lima referiu ainda que o XIV Governo dos Açores encara o ano de 2025 com “a ambição de continuar a convergir em termos reais com os índices europeus de investigação e inovação, implementando, para isso, uma série de ações sistemáticas e coerentes de política pública”.
Salientando que tem sido dada uma atenção especial ao papel da investigação e da inovação, o governante disse que hoje há “mais investimento disponível e mais capital humano a fazer ciência nos Açores, comparativamente ao que acontecia em 2020”.
“Para tal, procedeu-se à revisão e publicação da nova Estratégia de Especialização Tecnológica, que é hoje um documento mais robusto e coerente para com as realidades e com as necessidades dos Açores”, assumiu.
No debate, foram feitas interpelações de deputados do Chega, do PS e do PSD.
Sandra Costa Dias (PS) observou que no Orçamento para 2025 o Governo Regional “continua sem visão estratégica” em áreas cruciais como a ciência e a captação de investimento externo, que “permanecem sem rumo e sem ambição”, e defendeu que é preciso “garantir condições para que os açorianos possam ter um melhor presente, mas também um melhor futuro”.
Já o deputado social-democrata Flávio Soares destacou o trabalho desenvolvido pelo atual executivo e afirmou que quando o PS esteve no governo “não tinha estratégia nenhuma” para a área da ciência.
O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.