Os Açores têm uma receita total de quase mil milhões de euros no setor turístico, que representa atualmente 17% do emprego, 17% do Produto Interno Bruto (PIB) e quase 20% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), anunciou hoje o executivo.
A informação foi avançada pela secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, no segundo dia dos trabalhos do Azores Tourism Summit 2024 (ATS24), que decorre até domingo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Berta Cabral falava na rubrica “À Conversa com..”, no âmbito do evento, que reúne cerca de 250 profissionais do setor, tendo anunciado que “os Açores têm uma receita total de quase mil milhões de euros no setor turístico (valores diretos, indiretos e induzidos), representando atualmente 17% do emprego, 17% do PIB (Produto Interno Bruto) e quase 20% do VAB (Valor Acrescentado Bruto)”.
Os números divulgados pela governante fazem parte do estudo Macro Económico do Turismo nos Açores, encomendado pela direção regional do Turismo e realizado pela Ernst & Young que vai ser apresentado no encontro regional do setor, adianta uma nota divulgada pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
Para a secretária regional, “estes números provam” que o turismo “é um grande motor da economia açoriana”.
“Temos outros, porque felizmente nos Açores não vivemos apenas do turismo. Temos setores produtivos e setores industriais que contribuem em muito para a economia das nossas nove ilhas”, assinalou Berta Cabral, citada na mesma nota.
A governante realçou as singularidades das nove ilhas dos Açores, que permitem afirmar que “o turismo nos Açores é único” e “tem muito para oferecer ao longo de todo o ano”.
A secretária regional do Turismo recordou que, em 2023, o turismo nos Açores cresceu 15,8% em dormidas e quase 24,8% nas receitas.
“Um destino que sobe mais nas receitas do que nas dormidas é um destino sustentável, um destino que está continuamente a criar valor, porque está a crescer mais em qualidade do que em quantidade”, defendeu, destacando que o pilar do crescimento do setor na região é a sustentabilidade.
Berta Cabral sublinhou que este setor tem uma variedade imensa de oferta ao longo do ano: “temos a Natureza Terra, a Natureza Mar e a Natureza Humana- identidade”.
“Temos que continuar a ser um destino com retorno económico, com qualidade, com turistas que deixem valor nas nossas nove ilhas, por forma a preservarmos a nossa atividade económica ligada ao turismo, porque os nossos empresários investiram e querem ver o retorno desse investimento”, vincou.
O arquipélago açoriano têm desde quarta-feira a certificação de ouro como destino turístico sustentável atribuído pela ‘EarthCheck’, segundo anunciou na quinta-feira o Governo Regional.
O galardão de ouro é válido por um ano.
Os Açores foram a primeira região arquipelágica do mundo com certificação de Destino Turístico Sustentável, tendo garantido, no final do ano de 2023, o “Nível IV de Prata”.
O normativo adotado pela ‘EarthCheck’ estipula um processo de certificação evolutivo que impõe a conquista progressiva de quatro patamares (prata, ouro, platina e ‘master’).
Além de profissionais do turismo, a Azores Tourism Summit reúne jornalistas e especialistas nacionais e internacionais, para discutir temas essenciais no setor, com especial ênfase na sustentabilidade.
Paralelamente às conferências, há uma área expositiva com 32 ‘stands’ e 10 módulos institucionais para promoção dos serviços e projetos relacionados com o setor do turismo, com foco na Região.
“Pretende-se com esta exposição mostrar os serviços e projetos existentes nos Açores, assim como os seus benefícios económicos e sociais”, justifica o executivo açoriano.
A iniciativa integra-se no Plano Estratégico e de Marketing para o Turismo dos Açores 2030 (PEMTA2030), que prioriza a distribuição de fluxos turísticos entre as ilhas e a mitigação da sazonalidade.