O Governo Regional dos Açores nomeou hoje os elementos que constituem o novo conselho de administração do hospital de Ponta Delgada, liderado por Paula Macedo, que acumula o cargo de diretora clínica até à designação de um substituto.
Segundo um comunicado do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), à presidente do conselho de administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) para o período 2024 – 2027 juntam-se Pedro Brázio, como enfermeiro diretor, e José Carvalho e Carlos Lopes, como vogais.
O Conselho do Governo, reunido hoje por videoconferência, aprovou a resolução que designa os membros a integrar o conselho de administração do HDES, tendo em conta que este órgão “se encontrava em gestão” e pela necessidade de garantir que “tenha plenos poderes de administração do hospital para prosseguir a atividade essencial de prestação de cuidados de saúde e fazer face aos especiais desafios que esta unidade hospitalar enfrenta”.
O HDES, em Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, algumas fora da região.
No dia 07 de outubro, Paula Macedo, que exercia as funções de diretora clínica HDES, foi indigitada como nova presidente da unidade de saúde pelo Governo dos Açores, que justificou a escolha com a “prioridade clínica”.
“O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, comunicou hoje à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores a indigitação da doutora Maria Paula Raposo Fonseca Macedo Paz Ferreira para futura presidente do conselho de administração do HDES de Ponta Delgada”, referiu o executivo regional num comunicado.
O executivo salientou que “a presidente indigitada é a pessoa indicada para, como pretende o Governo [Regional], afirmar, nesta fase, a prioridade clínica para fazer face à crise na assistência clínica, após o incêndio”.
José Manuel Bolieiro justificou, também, a indigitação de Paula Macedo, que substituiu no cargo Manuela Gomes de Menezes, com a necessidade de “concretizar as grandes opções de funcionalidade do hospital novo”, referindo-se à requalificação estrutural de que o HDES vai ser alvo.
“A mudança no HDES, imposta pelo incêndio, é feita agora em função de prioridade do perfil clínico, para todas as decisões, relativas ao presente e futuro do hospital novo, que nesta fase mais imediata e transitória envolve a implementação do hospital modular, mas também a aposta inequívoca na funcionalidade do futuro hospital novo nas instalações do velho hospital”, destacou o governo açoriano.
Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.