Foto: DR | Texto: PM

Nos dias 30 e 31 de outubro, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) dos Açores irão aderir à greve nacional convocada pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS). O movimento visa manifestar o descontentamento crescente em relação à falta de respostas do Ministério da Saúde, em particular sobre questões centrais como a revisão da carreira e da tabela salarial.

A nível nacional, os profissionais reivindicam melhorias como a contagem justa do tempo de serviço, a correção de injustiças relacionadas com posições remuneratórias e melhores condições de aposentação, entre outras questões que afetam diretamente as suas condições de trabalho. A greve estende-se ao continente entre os dias 30 e 31 de outubro, prolongando o protesto por mais dias na luta pelos mesmos objetivos.

Num comunicado enviado às redações, o STSS diz que nos Açores, para além das reivindicações nacionais, persiste uma incerteza regional que preocupa os profissionais. A questão dos retroativos decorrentes da aplicação da Lei 34/2021 ainda está por resolver, com o sindicato à espera de uma proposta do Governo Regional. Esta demora tem gerado insegurança entre os TSDT açorianos, já que a aplicação correta da lei é essencial para evitar mais desigualdades.

A greve trará implicações significativas para o funcionamento dos serviços de saúde, com a suspensão de exames complementares de diagnóstico como análises clínicas, TACs e raios-X, além de interromper atividades nas áreas de terapêutica, como fisioterapia e terapia da fala. O impacto será sentido não só no diagnóstico e tratamento de doentes, mas também em cirurgias programadas. Apenas os serviços mínimos, nomeadamente nas urgências, estarão assegurados, lê-se num comunicado enviado pela direção regional do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS).

Este período de paralisação reflete a frustração acumulada de uma classe que, dia após dia, desempenha funções críticas para o sistema de saúde, mas que continua a enfrentar falta de reconhecimento e condições adequadas. O desfecho desta greve poderá determinar o futuro das negociações, tanto a nível nacional como regional, e o impacto que terão na vida destes profissionais essenciais.

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