O primeiro-ministro, Luís Montenegro, expressou “sentidas condolências” pela morte de Álvaro Monjardino, homenageando o “legado político e cívico” do antigo presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que morreu na sexta-feira aos 93 anos, na ilha Terceira.
“Expresso sentidas condolências à Família e amigos de Álvaro Monjardino. Presto homenagem ao seu distinto legado político e cívico, ao longo de uma vida de serviço de Portugal, e em particular dos Açores”, escreveu, no sábado à noite, o chefe do Governo na rede social X (antigo Twitter).
O social-democrata e antigo presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) Álvaro Monjardino, morreu na sexta-feira aos 93 anos, na ilha Terceira, segundo fontes familiares e do PSD/Açores.
A Direção Nacional do PSD também expressou que foi com “profundo pesar” que tomou conhecimento da morte de um “ilustre Açoriano”.
Álvaro Monjardino, primeiro presidente da ALRAA, “contribuiu significativamente para o prestígio” do órgão de governo próprio da autonomia política dos Açores “e para o progresso político, económico e social da região autónoma”, salienta-se Direção Nacional do PSD em comunicado.
“O seu legado será inspirador para as novas gerações e a sua empatia pessoal e de cidadão participativo deixará saudade”, asseguram os sociais-democratas.
Licenciado em Direito, com especialização em Ciências Jurídicas, Álvaro Monjardino destacou-se “pela sua inteligência e compromisso com os valores democráticos”, tendo ocupado o cargo de ministro Adjunto do primeiro-ministro Carlos Alberto da Mota Pinto, entre 1978 e 1979.
Além de advogado, Monjardino foi presidente da Direção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999), sócio correspondente da Academia Portuguesa de História, e um dos principais dinamizadores do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
A morte de Álvaro Monjardino, destacou a Direção Nacional do PSD, representa “uma enorme perda para a família, para os amigos, para a política e para a democracia portuguesa”.
“É com muita tristeza que comunico que o meu pai morreu hoje [sexta-feira], rodeado da família”, escreveu o filho Paulo Monjardino, numa publicação na página pessoal da rede social Facebook.
Álvaro Monjardino nasceu em 06 de outubro de 1930, na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e exerceu vários cargos políticos, como deputado à ALRAA na I e II legislaturas (pelo círculo eleitoral da Graciosa) e na III legislatura (pelo círculo eleitoral da Terceira), tendo sido eleito presidente do parlamento açoriano nas duas primeiras Legislaturas (1976/1978 e 1979/1984).
Foi ainda vogal da Junta Regional dos Açores, nomeadamente na área da Coordenação Económica e Finanças, e em 03 de setembro de 2021, por ocasião das comemorações dos 45 anos da autonomia regional, foi homenageado pela Assembleia Legislativa, na inauguração da biblioteca do parlamento açoriano, designada, desde essa data, por Biblioteca Álvaro Monjardino, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.