Os Açores produziram seis mil plantas de café na Terceira, que vão ser plantadas ainda este mês em campos de experimentação em várias ilhas, no âmbito de um projeto de experimentação de novas variedades de cultura, foi hoje revelado.

“Este projeto, que envolve a Delta Cafés, tem como objetivo estudar a adaptação e capacidade produtiva de seis novas variedades de café Arábica, vindas do Brasil, em comparação com as duas variedades já existentes nos Açores”, explica o Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PSD), em comunicado.

Assim, a Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, em parceria com a Associação dos Produtores Açorianos de Café, produziu 6.000 plantas de café no Serviço de Desenvolvimento Agrário da ilha Terceira que serão plantadas ainda este mês em campos de experimentação em várias ilhas.

Citado na nota, o secretário regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, refere que “as seis variedades em estudo foram escolhidas de um grupo com mais de 200 variedades de café Arábica”.

A escolha teve por base as características das variedades que as tornam “mais facilmente adaptáveis às condições edafoclimáticas dos Açores”, explica António Ventura.

O estudo contempla as ilhas Terceira, São Miguel, Graciosa, Pico e Faial.

No caso da ilha Terceira existem dois campos de experimentação, um no Serviço de Desenvolvimento Agrário (SDA) e outro privado, e oito campos de observação privados, enquanto na ilha de São Miguel os dois campos de experimentação serão no SDA e os sete campos de observação serão privados.

Por sua vez, as ilhas Graciosa, Pico e Faial contam com um campo de observação cada, instalados nos SDA da respetiva ilha.

O titular pela pasta da Agricultura e Alimentação indica ainda que “os campos de experimentação irão contemplar o maior número de plantas, enquanto os campos de observação são mais pequenos e servem para estudar diferentes variáveis”.

“A cultura do café nos Açores irá beneficiar com este estudo”, porque permite disponibilizar “conhecimento científico”, salienta, acrescentando que “a cultura do café só é viável para os Açores se for produzido um produto diferenciado e de excelência, nomeadamente a produção de cafés especiais”.

Os campos foram selecionados por uma equipa constituída pelos técnicos dos Serviços de Desenvolvimento Agrário das ilhas que integram o estudo, coordenada por Jorge Azevedo, em conjunto com o consultor Marcus Mollin, do Brasil.

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