Uma incubadora de empresas hoje inaugurada em Ponta Delgada, nos Açores, arrancou com quatro projetos nas áreas da inteligência artificial, engenharia, arquitetura e vestuário, visando “alavancar o empreendedorismo” e apoiar o tecido empresarial, revelou o município.
A StartUp PDL está localizada na freguesia de São Roque, no concelho de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), e disponibiliza sete gabinetes ou salas individuais, uma sala de reuniões e 12 espaços de ‘coworking’.
Segundo a autarquia, a iniciativa tem como destinatários pessoas singulares ou coletivas constituídas há menos de 10 anos, que não possuam instalações próprias para a sua representação e que pretendam desenvolver projetos inovadores, com potencial económico local e regional, visando a sua fixação no concelho.
“Três anos delimitam o tempo máximo de permanência das ‘startup’ incubadas, sendo que o período inicial está previsto para 24 meses, com a possibilidade de prorrogação de mais 12”, explica o município numa nota de imprensa.
Na inauguração do espaço, o presidente da autarquia destacou a ação do Gabinete de Estudos Económicos e Apoio Empresarial que permitiu concretizar a criação da StartUp PDL, com “um espaço vivo e dinâmico” para quem pretenda desenvolver um projeto de negócio “com custos mínimos”.
Pedro Nascimento Cabral (PSD), citado na nota, lembrou o investimento superior a um milhão de euros, no âmbito da medida “Bairros Comerciais Digitais”, apoiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), que vai abranger cerca de 400 empresas de Ponta Delgada, na sequência de uma candidatura apresentada em consórcio com a Câmara de Comércio e Indústria e Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, para a implementação de medidas de modernização digital.
Por outro lado, o autarca referiu-se à “atratividade fiscal” em Ponta Delgada, assinalando que as empresas pagam apenas 1% de Derrama e estão isentas de qualquer tributação até 150 mil euros.
Pedro Nascimento Cabral recordou também que a autarquia criou um regime de apoio ao arrendamento comercial – que pode chegar até aos 500 euros mensais e aos 6.000 euros anuais – e que “tem implementado medidas concretas para acelerar a transição digital do comércio local e do concelho no seu todo”.
O autarca realçou ainda “a política de baixos impostos” seguida pelo município para “desonerar as famílias e residentes em Ponta Delgada de mais encargos”, com a aplicação da taxa mínima legalmente admitida do Imposto Municipal sobre Imóveis (0,3%) e uma taxa variável de Imposto sobre o Rendimento Singular de 3,5%.