Quanto mais companhias aéreas operarem nos Açores maior será o sucesso do turismo e da mobilidade dos açorianos. E do mesmo modo se torna importante a operação de companhias de baixo custo. Isso é inquestionável, mas só possível no quadro da liberalização do espaço aéreo, como se sabe, iniciada em 2015 pelo governo de Passos Coelho e abrangendo as gateways da Terceira e S. Miguel.
A partir dessa data, os açorianos de todas as ilhas passaram a pagar, no máximo, 134 euros por uma deslocação para o território continental, sensivelmente metade do valor que desembolsavam no regime de subsídio à companhia que vigorava anteriormente.
A liberalização do espaço aéreo abriu portas à operação das chamadas companhias low cost, no caso, Easyjet e Ryanair. E as companhias de bandeira, SATA e TAP, reforçaram a oferta de lugares, também a preços mais competitivos. Ou seja, tudo passou para uma lógica de mercado aberto, mais competitivo, com maior qualidade de serviço e, portanto, benefício para o passageiro. Mesmo quando uma daquelas companhias deixou de operar para a Região.
No último inverno IATA – novembro a março – a Ryanair reduziu o número de movimentos para os Açores. Em contrapartida, os outros operadores disponibilizaram mais lugares e movimentos para aquelas duas ilhas. Fechado o ano, constata-se que houve mais 85 mil lugares oferecidos e 209 movimentos, comparativamente a 2023. Melhor do que isso, o acréscimo de passageiros transportados aproximou-se dos 200 mil. Números muito bons e impactantes na mobilidade e no turismo. Só não vê isto quem não quer.