O ministro da Economia e do Mar afirmou hoje que o investimento no Observatório do Pico é uma “prioridade”, depois de o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ter alertado para as potencialidades do equipamento.
“Tem de ser uma prioridade porque o registo do dióxido de carbono é absolutamente fulcral e o Observatório do Pico tem as condições ideais”, afirmou António Costa Silva à comunicação social.
O ministro falava na delegação do IPMA em Ponta Delgada, após a consignação dos novos radares meteorológicos da região, que vão ser instalados em São Miguel e nas Flores.
Na apresentação, o presidente do IPMA, Miguel Miranda, além de destacar a importância dos novos radares meteorológicos, apelou também ao investimento no Observatório do Pico.
Questionado sobre as potencialidades daquele observatório, o ministro da Economia do Mar vincou a importância da medição do dióxido de carbono para “compreender as alterações climáticas” e “minimizar o seu efeito”, sobretudo numa “área localizada no centro do Atlântico”.
“Penso que a nossa relação com o oceano é muitas vezes uma relação cega, mas temos de mudar isso no século XXI para ser baseada no conhecimento e na ciência e na informação”, salientou.
Aos jornalistas, após a apresentação, o presidente do IPMA defendeu que aquele observatório “precisa de ser redesenhado e reatualizado”, mantendo a “logística de observação”.
“O que estou apelar é ao seguinte: vamos começar a assumir as nossas responsabilidades no nível mais alto possível que podemos assumir”, alertou.
Dando como exemplo os novos radares meteorológicos, Miguel Miranda pediu para que se adquira a “melhor tecnologia existente” para o Observatório do Pico.
“Vamos tornar aquilo num observatório que seja visto, seguido, acompanhado e estudado pelo mundo inteiro. Isso é possível porque temos as condições geográficas, temos as condições humanas e temos as equipas, em particular na Universidade dos Açores”, concluiu.