A UGT/Açores defendeu hoje a necessidade de realizar na concertação social uma reflexão para combater o “esmagamento nos salários médios”, bem como promover um aumento do salário mínimo na região.
Em comunicado, a UGT/Açores refere que quer “um debate sério e consequente sobre o aumento dos salários médios, recorrendo para o efeito, se necessário, a medidas de caráter político-administrativas”.
A UGT/Açores, que promoveu hoje na cidade da Horta, na ilha do Faial, uma conferência de imprensa para apresentar os resultados do conselho geral da organização, preconiza também “um esforço em sede da negociação para a convergência dos valores nas convenções coletivas regionais, cujos valores são inferiores, com as convenções coletivas nacionais”.
Os sindicalistas querem igualmente a “manutenção e mesmo o aprofundamento” do Mecanismo de Apoio ao Incremento Salarial Mais em 2024, lembrando que no ano passado “correspondeu à atribuição de um apoio financeiro no valor de 174,00 euros por trabalhador”.
Na nota, a plataforma sindical defende ainda a promoção da “empregabilidade e do combate ao desemprego de longa duração, usando a prerrogativa legal de incentivo ao emprego via mecanismo de acumulação do subsídio de desemprego com a remuneração do novo posto de trabalho”.
Por outro lado, preconiza o desenvolvimento de uma estratégia regional de habitação que permita “aumentar o parque habitacional disponível da região, não só para habitação social, mas também para a classe média através de rendas resolúveis ou aquisição a preços controlados”.
Relativamente ao Orçamento Regional para 2024, que será votado ainda este mês, a plataforma sindical diz esperar a sua aprovação, lembrando promessas inscritas no Programa do Governo como a progressão obrigatória dos funcionários públicos regionais, “logo que possuam seis pontos na sua avaliação de desempenho, como forma de acelerar a sua progressão na carreira durante a sua vida profissional”.
Ainda no quadro do Orçamento, a UGT/Açores defende a integração nos quadros da administração regional dos mais de 500 trabalhadores precários, a par dos contratados no âmbito do programa de combate à pandemia de covid-19.