José Miguel Toste realçou que o facto de “não haver uma única menção a um Plano Regional de Saúde na proposta do Programa de Governo do PSD/CDS/PPM indicia, desde logo, a ausência de uma visão estratégica e de uma visão de desenvolvimento futuro para o setor da Saúde nos Açores”.

O deputado socialista, eleito pela ilha Terceira, falava no Parlamento dos Açores, na cidade da Horta, onde se debate o Programa de Governo para esta legislatura.

José Miguel Toste recordou que o anterior Plano Regional de Saúde, elaborado pelo Governo Regional do Partido Socialista, “deixou de vigorar em 2021”, sendo que até à presente data “o Governo do PSD/CDS/PPM nunca apresentou um novo Plano”.

José Miguel Toste frisou que o Governo Regional da coligação “não pode continuar a ignorar as necessidades, cada vez mais prementes, em matéria de recursos humanos na área da Saúde” e defendeu que Governo deve “elaborar, de imediato, um levantamento das necessidades de recursos humanos”.

“O Governo Regional deve possibilitar uma correta ponderação das prioridades em matéria de formação, captação e fixação de profissionais de Saúde nos Açores, para capacitar devidamente os nossos hospitais e centros de Saúde”, sustentou.

Para José Miguel Toste, o Serviço Regional de Saúde é a “única resposta que é abrangente, universal e tendencialmente gratuita para todos os Açorianos”, e mesmo quando recorre a convenções com o setor privado ou social, “não deixa de ser uma resposta do Serviço Regional de Saúde”, uma vez que é este que assume o financiamento.

“Onde estão as propostas em matéria de saúde escolar e literacia em saúde? Onde estão as propostas em matéria de doença mental? Onde estão as propostas em matéria de saúde oral? Onde estão as propostas em matéria de deslocação de doentes que permitam, no imediato, garantir aos utentes deslocados, ter uma resposta de alojamento comportável no valor da diária?”, questionou José Miguel Toste, frisando que nada disto é mencionado no Programa de Governo do PSD/CDS/PPM.

“Perante todas estas dúvidas, às quais o Governo Regional se manifesta incapaz de responder, facilmente compreendemos que este é um programa de governo que não serve o Serviço Regional de Saúde, não serve a Saúde dos Açores e não serve a Saúde dos Açorianos”, finalizou José Miguel Toste.

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