Os Açores registaram mais de 564 mil passageiros desembarcados em portos, no ano de 2023, superando o número de 2019, pré-pandemia de covid-19, segundo dados revelados hoje pelo Serviço Regional de Estatística (SREA).
Entre janeiro e dezembro de 2023, a região contabilizou 564.621 passageiros desembarcados por via marítima, mais 58.478 (11,6%) do que em 2022, segundo os dados divulgados na página da Internet do SREA e consultados pela Lusa.
O número superou, pela primeira vez, o de 2019, antes da pandemia de covid-19, em que tinham desembarcado nos portos da região 562.993 passageiros.
Desde 2020 que está suspensa a operação sazonal da Atlânticoline que ligava todas as ilhas do arquipélago (com exceção do Corvo), com navios de maior dimensão, entre maio e setembro.
Nos meses de época alta, há agora apenas ligações marítimas entre as ilhas do grupo central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) e entre as Flores e o Corvo.
De acordo com os dados disponíveis na página do SREA, com registos desde 2019, o número de desembarques de 2023 só não supera o de 2017, em que foram contabilizados 586.073 passageiros.
Olhando apenas para os valores de dezembro, o número de passageiros desembarcados em portos registou uma subida de 19,1% face ao período homólogo, passando de 20.571 para 24.510.
No total de 2023, a ilha do Pico, que tem várias ligações diárias ao Faial, foi a que registou maior movimento de passageiros, com 258.419 desembarques, mais 11,9% do que no período homólogo.
O Faial registou valores semelhantes, com 241.156 passageiros desembarcados, um aumento de 10,7% em comparação com 2022.
Já a ilha de São Jorge, que também tem ligações diárias ao Pico e ao Faial, foi a que verificou a maior subida percentual (16,6%), com 53.863 desembarques.
As ilhas do grupo Ocidental (Flores e Corvo) são ligadas pela ‘linha rosa’, entre duas e seis vezes por semana, consoante a época.
Nas Flores, o número de desembarques (2.170) cresceu 6,7%, face a 2022, e no Corvo (2.054) 7,1%.
As ilhas Terceira e Graciosa, que têm ligações marítimas de passageiros apenas na época alta, foram as únicas a registar um decréscimo homólogo de passageiros desembarcados no período em análise.
Na Terceira (4.755), a quebra foi de apenas cinco passageiros (0,1%), enquanto na Graciosa (2.204) a descida foi de 13,8%.