Os socialistas açorianos condenaram hoje a “postura de vitimização” do vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, que na sexta-feira afirmou que o chumbo do Orçamento Regional para 2024, poderá colocar em causa respostas sociais na região.

“Isso é mentira!” apontou Berto Messias, vice-presidente do PS/Açores, em comunicado enviado às redações, lamentando “a postura de propaganda, chantagem e vitimização” que alguns membros do Governo de coligação estão a tentar instalar, sobretudo, entre os mais idosos.

Segundo explicou, afirmar que o chumbo do Orçamento Regional para 2024 poderá impedir o alargamento do programa ‘Novos Idosos’, “é um perfeito disparate, que só pode vir de quem desconhece a realidade ou, então, de quem quer promover terrorismo eleitoral”.

“Em vez de semear a preocupação entre os mais idosos, o Governo de direita devia estar mais preocupado com o retrocesso de vários indicadores sociais, que colocam a região entre as mais pobres do país”, lamentou Berto Messias.

As propostas de Plano e Orçamento do Governo Regional para 2024 foram chumbadas quinta-feira pelos deputados do PS, do BE e, pela primeira vez também, pelo IL, que já tinha rompido, no início do ano, o acordo de incidência parlamentar com o PSD/Açores.

O Chega, que também tinha assinado um acordo com PSD, CDS-PP e PPM, optou pela abstenção, tal como o deputado do PAN, obrigando o executivo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, a ter de apresentar, num prazo de 90 dias, um segundo orçamento na Assembleia Legislativa dos Açores.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já chamou, entretanto, os oito partidos com assento parlamentar no arquipélago (PS, PSD, CDS-PP, PPM, BE, CH, IL e PAN) e o deputado independente (ex-Chega), para uma ronda de audiências em Belém, marcadas para a próxima semana.

 

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