Os Açores vão passar a ter três novas espécies de pescado incluídas na lista de designações comerciais autorizadas em Portugal, passando a ser transacionadas, anunciou hoje a Lotaçor, gestora de lotas na região.
Em causa estão as espécies Abrótea-de-natura, Rocaz-da-fundura e Xaputa-galhuda.
Segundo uma nota de imprensa da Lotaçor, depois de ter sido detetado, nos Açores, que existiam exemplares de espécies transacionadas nas lotas “com designações comerciais / nomes científicos que não correspondiam corretamente à realidade”, foram desenvolvidos esforços para o seu reconhecimento.
A empresa pública refere que foi feita a “introdução na lista de designações comerciais autorizadas em Portugal e consequente inclusão na base de dados da Lotaçor, usada para a classificação do pescado recebido”.
As espécies Abrótea-de-natura, Rocaz-da-fundura e Xaputa-galhuda passam assim a integrar as designações comerciais autorizadas em Portugal, passando então a ser transacionadas em lota, “cumprindo os requisitos legais específicos do setor e da segurança dos géneros alimentícios”.
O trabalho de classificação das espécies de pescado foi desenvolvido pelas veterinárias da Lotaçor, em conjunto com a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e com especialistas da ictiologia, o ramo da zoologia dedicado ao estudo dos peixes.
A empresa gestora das lotas nos Açores destaca a importância das descargas do pescado por espécie, uma vez que esta permite “estimar as capturas com base nas vendas efetuadas em lota e assim perceber o máximo que se pode pescar no futuro, sem colocar em causa a sustentabilidade dos ecossistemas e recursos marinhos”.
“Com dados imprecisos, a captura em excesso de algumas espécies poderá colocar em causa a sustentabilidade dos seus ‘stocks’, o equilíbrio dos ecossistemas e impossibilitar uma gestão adequada da pesca”, salvaguarda a Lotaçor.