A Assembleia dos Açores criou o Prémio Literário Vitorino Nemésio, sem valor monetário associado, para homenagear um dos “expoentes máximos da cultura portuguesa” e “incentivar a criação literária”, foi hoje publicado em Jornal Oficial da região.

No projeto de regulamento, a comissão de Assuntos Sociais do parlamento açoriano decidiu “instituir o Prémio Literário Vitorino Nemésio, de periodicidade anual, com o propósito de homenagear o poeta e escritor açoriano, perpetuar o seu nome no tempo e incentivar a criação literária em língua portuguesa”, segundo a publicação em Jornal Oficial.

A Assembleia Legislativa considera Vitorino Nemésio, natural da ilha Terceira, como “um dos expoentes máximos da cultura portuguesa”, que “elevou sobremaneira a cultura e a história das ilhas dos Açores, enquanto poeta, romancista, cronista, académico e intelectual brilhante”.

“A sua obra espelha a essência da açorianidade, palavra que o autor criou e que hoje representa, de forma universal, o conceito de ser açoriano ou relativo à cultura e história dos Açores, sendo também usada para exprimir o sentimento de afinidade ou amor pelos Açores”.

No projeto de regulamento do prémio, que está submetido a consulta pública durante os próximos 30 dias, lê-se que o “prémio a atribuir ao vencedor será a publicação de até 300 exemplares da obra vencedora, constando na respetiva edição a referência ao prémio”.

O vendedor vai ter ainda “direito a 10% dos direitos de autor da edição da obra”.

Vão ser aceites a concurso “obras de ficção, nomeadamente romance, novela e conto, e obras de poesia”, sendo que em cada edição o prémio será “direcionado para um ou mais géneros a definir anualmente” pela Assembleia Regional.

Entre os critérios de avaliação propostos está a “originalidade das temáticas desenvolvidas”, o “domínio da língua portuguesa e correção gramatical”, a “coerência literária” e a “vivacidade da trama”.

Vitorino Nemésio, poeta, professor universitário e romancista, nasceu na Praia da Vitória em 1901 e morreu em Lisboa em 1978.

Na sua carreira destaca-se o romance “Mau Tempo no Canal” (1944), as obras de poesia “Eu, Comovido a Oeste” (1940) ou “O Verbo e a Morte” (1959) e o livro de crónicas “Corsário das Ilhas” (1956).

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