O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, conheceu hoje o projeto para uma pista para ‘drones’ na ilha do Faial e visitou o espaço, lembrando o impulso que tal atividade dará à investigação científica e também à proteção do mar dos Açores.
“Este é um rasgar de horizontes em matéria científica, ligada à sobre dimensão marítima e espacial que os Açores são”, declarou o governante, falando na freguesia da Praia do Norte, município da Horta, onde será construída a pista.
“Temos de alocar tantos meios e sentir o compromisso nacional do Estado e mesmo da União Europeia”, declarou ainda, lembrando a centralidade dos Açores, no contexto planetário, no campo marítimo e também espacial.
E concretizou: “Às vezes, as tendências centralistas, parece que nos querem tirar oportunidades. Isso é nítido e sabido no que respeita à configuração da Lei do Mar e no que diz respeito às oportunidades de cogestão e de partilha deste imenso mar”.
Na visita ao terreno e na apresentação do projeto esteve o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Almirante Gouveia e Melo, o Presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Luís Garcia, o Secretário Regional com a tutela do Mar e Pescas, Manuel São João, o Presidente da Câmara Municipal da Horta, Carlos Ferreira, deputados eleitos ao Parlamento dos Açores e especialistas ligados ao mar, caso de Daniela Coutinho, responsável da Parley Foundation for the Oceans.
A criação de uma pista para UAV’s (Unmanned Aerial Vehicles), os chamados ‘drones’, é condição necessária para a concretização da Zona Livre Tecnológica dos Açores.
A pista permitirá a experimentação de protótipos provenientes de instituições de I&D e do tecido empresarial tecnológico nacional e internacional, que encontrarão aqui um ecossistema de apoio integrado, alavancando, designadamente, a recolha de dados oceanográficos.
Destaca-se, também, a pertinência da posição geográfica da pista a construir (livre de congestionamento e saturação) e a sua dimensão, que potenciará, certamente, a vinda de ‘players’ nacionais e estrangeiros.
Pretende-se que a pista sirva de base para operações de ‘drones’ a decorrer em ambiente ‘off-shore’, designadamente, servindo de apoio aos ‘drones’ da Marinha Portuguesa e da Força Aérea Portuguesa.
A área onde se pretende construir a pista é um aterro sanitário, permitindo com a execução do projeto, converter saudavelmente um espaço que ficaria inutilizado por um longo período de tempo (inclusive, permitirá o repovoamento das áreas envolventes com espécies endémicas).
A pista terá 300 metros de comprimento e 20 de largura.