O presidente do Conselho de Ilha do Pico, nos Açores, salientou a “abertura” do Governo Regional para resolver os principais problemas locais, no final de uma reunião realizada quarta-feira na vila das Lajes do Pico.
“Eu vou com a ideia de que não é possível fazer tudo. Há reivindicações que são entendidas e outras menos entendidas. (…) Eu acho que há abertura” por parte do executivo açoriano para resolver os maiores problemas apontados, disse Rui Lima aos jornalistas, no final de uma reunião realizada no âmbito da visita estatutária do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) à ilha do Pico.
A reunião, que durou mais de três e horas e meia, realizou-se na noite de quarta-feira, nas Casas dos Botes Baleeiros, na vila das Lajes do Pico.
No encontro foram abordados sobretudo problemas “antigos”, relacionados com obras na orla costeira, saúde, acessibilidades rodoviárias, aéreas e marítimas.
Segundo Rui Lima, a reunião com o executivo liderado por José Manuel Bolieiro ficou marcada por três obras “emblemáticas” para os três concelhos da ilha do Pico: a proteção da orla costeira da baía de São Roque (no município de São Roque do Pico), a variante da Madalena (município da Madalena) e o novo Centro de Saúde das Lajes (município das Lajes do Pico).
“Eu penso que a conversa foi interessante e ficaram algumas bases para o futuro”, disse o presidente do Conselho de Ilha do Pico.
O presidente do Governo Regional dos Açores referiu no final dos trabalhos que os conselheiros reconheceram “as conquistas alcançadas, quer em matéria de acessibilidades, quer em matéria de saúde”.
“É natural que, num diálogo de progresso, façamos ainda um debate de acrescentar valor ao que já foi conquistado”, disse.
José Manuel Bolieiro acrescentou que, na temática da acessibilidade aérea, a ilha do Pico “mudou a sua configuração antiga, que já era de sucesso, mas, agora, superou todas as expectativas com a magnífica reforma e mudança de paradigma que esta governação levou a efeito nas acessibilidades aéreas a todas as ilhas”.
Segundo o líder do executivo açoriano, também ficou salientada a oportunidade de mais ligações de voos diretos do Pico para o continente, uma situação que “tem o aeroporto de Lisboa como o principal constrangimento, visto que os ‘slots’ disponíveis não são compatíveis com as oportunidades dos voos diretos”, daí que “a oferta tenha sido alcançada através de voos indiretos”.
Bolieiro referiu que as respostas nesta matéria “não estão nas mãos do Governo” e o que foi suscitado “foi que também o Conselho de Ilha do Pico acompanhe o Governo açoriano nas justas reivindicações que faz em relação ao Governo da República nesta matéria”.
O Governo dos Açores termina hoje uma visita estatutária de três dias à ilha do Pico.
Segundo o Estatuto dos Açores, o Governo Regional tem de visitar cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano, com a obrigação de reunir o Conselho do Governo na ilha visitada.