O líder do grupo parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, considerou hoje essencial que o Plano e Orçamento da região para 2026 contemple medidas que “garantam execução, estabilidade e confiança” aos empresários e pagamentos em tempo útil.
“Há projetos do Construir 2030 [sistema de incentivos] à espera de decisão há mais de um ano”, afirma Berto Messias, citado num comunicado do PS/Açores, divulgado na sequência de uma reunião com a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Considerando que a situação “é inaceitável e traduz-se em perda de tempo, de investimento e de confiança”, o deputado salienta que “os atrasos do Governo [Regional] criam estrangulamentos de tesouraria nas empresas e estão a travar o investimento privado nos Açores”.
Por isso, acrescenta, as empresas “não precisam de anúncios, mas de previsibilidade e de um Governo que cumpra o que promete”, já que a economia açoriana “podia ser muito mais pujante” se o executivo PSD/CDS-PP/PPM, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, “governasse a favor das empresas e não contra o seu ritmo e a sua confiança”.
Na nota, o deputado destaca ainda o défice de cerca de 232 milhões de euros negativos registado no final de setembro, considerando que, “infelizmente, o Governo Regional é o governo dos recordes negativos”, já que se está perante o “maior défice de sempre da história dos governos regionais em funções na região”.
“Olhamos para estes números com grandes preocupações”, insiste Berto Messias, apontando ainda “baixos índices de execução orçamental, com grandes dificuldades em executar os fundos comunitários disponíveis”.
O deputado diz que o executivo açoriano “atrasa-se permanentemente no pagamento dos compromissos que assume”, algo que “é uma evidência diária”.
“Todos os dias ouvimos empresas e instituições a queixar-se que os apoios prometidos e acordados ou não chegam, ou chegam tarde”, refere, reforçando que este cenário “cria um clima adverso à atividade económica”.
Pois, continua Berto Messias, o Governo Regional “fala muito em competitividade, mas atrasa pagamentos, bloqueia investimentos e reduz dotações no meio do ano”.
“Assim não há economia que cresça nem empresa que confie”, alerta o líder parlamentar socialista, considerando os problemas identificados não se relacionam com falta de verba, mas sim com “incapacidade de gestão e execução”.




















