O Movimento Ponta Delgada para Todos (PDLPT) lamentou a recusa do presidente da Câmara Municipal eleito, Pedro Nascimento Cabral (PSD), em assinar o Memorando de Diálogo – Servir Ponta Delgada para Todos, proposto na quarta-feira.
Segundo o movimento, a decisão foi comunicada durante uma segunda reunião entre o autarca e os vereadores eleitos pelo PSD e pelo PDLPT, que tinha como objetivo conhecer a resposta do presidente eleito ao documento.
De acordo com o PDLPT, Pedro Nascimento Cabral recusou também discutir o memorando ponto por ponto, o que, segundo o movimento, inviabilizou a possibilidade de encontrar “um denominador comum” e de avaliar a “dimensão financeira” das propostas apresentadas.
Face à posição do autarca, o movimento propôs a realização de uma reunião conjunta entre todos os vereadores eleitos, antes da tomada de posse, com o objetivo de construir um documento comum que garantisse “estabilidade e uma visão estratégica para Ponta Delgada”. A proposta foi igualmente recusada.
“São de lamentar estas recusas, que impedem que Ponta Delgada disponha de um memorando de diálogo em prol do concelho, substituindo uma visão estratégica por decisões avulsas e casuísticas. Esta opção retira previsibilidade e pode comprometer a estabilidade governativa”, afirmou Sónia Nicolau, vereadora eleita pelo movimento, citada em comunicado.
A responsável acrescentou que, pelas declarações do presidente eleito, ficou demonstrado que o convite para a atribuição de pelouros “não visava integrar o movimento nas soluções”, mas antes “obter uma maioria para governar em 2025 com o resultado de 2021”.
O Movimento Ponta Delgada para Todos afirmou ainda que, neste mandato, exercerá um papel de “oposição construtiva, livre e autónoma”, comprometendo-se a apoiar “todas as propostas que melhorem a vida das pessoas, venham de onde vierem”.






















