O presidente do PSD/Açores afirmou hoje que Francisco Pinto Balsemão, que morreu na terça-feira, foi um dos “obreiros da consolidação da democracia” em Portugal e expressou “profundo pesar” pela morte do fundador e militante número um partido.
“Francisco Pinto Balsemão é um símbolo da fundação do PSD e contribuiu, decisivamente, para a formação dos valores sociais-democratas e para a afirmação do partido enquanto organização cívica e política. Francisco Pinto Balsemão foi também um dos obreiros da consolidação da democracia portuguesa, liderando os governos que asseguraram a transição da revolução para o atual regime democrático”, sublinhou José Manuel Bolieiro, numa nota de pesar divulgada pelo partido.
O líder dos sociais-democratas açorianos lembrou que “foi Francisco Pinto Balsemão, em conjunto com Francisco Sá Carneiro, Magalhães Mota e João Bosco Mota Amaral, que estruturou a matriz ideológica e afirmou os princípios programáticos do então PPD”.
“Passado mais de meio século após a fundação do PSD, os valores de Francisco Pinto Balsemão continuam hoje a inspirar todos os sociais-democratas. O PSD, tal como no momento da sua fundação, continua a ser um partido personalista, humanista, interclassista e reformista. E isso deve-se muito a Francisco Pinto Balsemão”, é referido ainda na nota.
José Manuel Bolieiro sustentou que Francisco Pinto Balsemão foi uma personalidade que, quer como líder do PSD, quer como primeiro-ministro, “marcou decisivamente a democracia portuguesa, assumindo uma agenda reformista marcada pela histórica revisão constitucional de 1982 e pela conclusão das negociações que permitiram a posterior adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia”.
Francisco Pinto Balsemão “foi sempre um amigo dos Açores e um autonomista convicto”, tendo Bolieiro recordado o “papel fundamental” que teve na formação de uma “comunicação social livre” no país.
O presidente do PSD/Açores endereçou as “mais sentidas condolências” à família de Francisco Pinto Balsemão pela “enorme perda”.
Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira aos 88 anos.
A notícia da morte do militante número um do PSD foi transmitida pelo presidente social-democrata e primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante uma reunião do Conselho Nacional do partido, em Lisboa.
Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata (PSD). Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.

























