O parlamento dos Açores aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte do presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, considerado um “autarca de referência”.
Na apresentação do voto de pesar, a deputada do PS Patrícia Miranda referiu que o autarca Tomás Vultão, que faleceu no dia 08 de outubro, em Lisboa, aos 38 anos, vítima de doença, “partiu cedo demais, deixando um vazio impossível de medir, na família, nos amigos e na comunidade que tanto amava”.
“Homem íntegro, generoso e de sorriso fácil, o Tomás era daqueles que acreditavam que a política devia ser feita com verdade, proximidade e sentido de missão”, acrescentou, referindo que, como autarca, “distinguiu-se pela sua dedicação à sua freguesia, Santa Bárbara, à qual se entregou de corpo e alma”.
“Trabalhou sempre de forma discreta, mas incansável, com um olhar atento aos outros e uma enorme vontade de fazer o bem. Recandidatava-se à presidência da Junta de Freguesia com a mesma determinação de quem não se cansa de acreditar que o serviço público é, antes de tudo, um ato de amor às pessoas”, disse.
Segundo a parlamentar socialista, a freguesia de Santa Bárbara “perde um autarca de referência” e o concelho de Ponta Delgada perde um “servidor dedicado”.
“E nós, todos, perdemos um homem bom, daqueles que fazem falta à política e ao mundo”, concluiu.
Tomás Vultão recandidatava-se à liderança da Junta de Freguesia de Santa Bárbara pela coligação Unidos por Ponta Delgada (PS, BE, PAN e Livre).
No dia da morte do autarca, o presidente do PS/Açores, Francisco César, demonstrou “o seu profundo pesar” pelo falecimento de Tomás Vultão e recordou-o como “um autarca dedicado, um cidadão exemplar e um homem profundamente comprometido com o serviço público”.
O presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, também lamentou, com “profunda tristeza”, a morte de Tomás Vultão, considerando que “foi um autarca dedicado e exemplar, que sempre pautou a sua vida pelo serviço à comunidade, pela proximidade com as pessoas e pelo compromisso com o desenvolvimento da sua freguesia”.
De igual modo, a Câmara Municipal de Ponta Delgada, presidida por Pedro Nascimento Cabral (PSD), manifestou o seu “profundo pesar”, referindo que, no exercício das funções, Tomás Vultão “distinguiu-se pelo empenho e dedicação à freguesia que representava, mantendo uma relação de cooperação institucional com o município”.
O parlamento dos Açores aprovou também por unanimidade um voto de pesar, apresentado pelo PSD, pela morte do médico e diretor do serviço de pneumologia do Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, Carlos José Pavão de Matos, que morreu aos 66 anos, no dia 10 de agosto, vítima de doença prolongada.
A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores aprovou mais dois votos de pesar, apresentados pelo PS, um pelo falecimento de Leonardo Sousa (presidente e sócio fundador da Associação Solidaried’Arte, e coordenador do Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta na Ribeira Grande) e da médica veterinária Maria de Fátima Machado Mendes Cabral (impulsionadora do reconhecimento do Cão de Fila de São Miguel como raça autóctone).
Na sessão de hoje, o plenário açoriano, reunido na cidade da Horta, na ilha do Faial, aprovou ainda, por maioria, com a abstenção do BE, um voto de saudação a Maria Corina Machado por ter recebido o Prémio Nobel da Paz 2025.
Na apresentação do voto de saudação, a deputada regional social-democrata Délia Melo referiu que a galardoada teve “um percurso de vida singular e inspirador”.




















