Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA

Quantos menos dias faltam para o fim da campanha eleitoral mais sobram as promessas e os dislates de toda a ordem. Na comunicação com os eleitores há de tudo – elevação, linguagem desbragada, rábulas, enredos de bailinho, mentiras, meias-verdades, dedo em riste, tiktoks, uso e abuso das redes sociais. Domingo à noite se verá a eficiência deste alarido todo, veremos verdadeiramente o que é tomado a sério pelo eleitor e quanto isso pesa na sua decisão.

Deixemos ser levado pelo cano as proclamações brejeiras contra o sistema, gritadas pelos mais exímios utilizadores do dito sistema, incluindo o financiamento público, o emprego de conveniência política e outros expedientes rapidamente aprendidos e apreendidos. Fiquem-nos por coisas mais sérias, supostamente mais sérias, ditas por quem se reclama alternativa à governação, que já foi e mais tarde, muito tarde, voltará a ser.E recorde-se, também, o que já foi dito e repetido: os Açores têm um problema de receita em razão dos compromissos legais e políticos que impendem sobre a despesa.

Dito isto, só por manifesta distração, ou coisa bem mais grave, se pode admitir as considerações de César sobre o investimento público, ou melhor, diz ele, que eu ainda não enlouqueci tanto, a falta de investimento.

Se a matemática não engana, então atente-se nas suas evidências, deixando de fora 2020 e 2021, excecionais em tudo, devido à Covid-19. O investimento mais baixo realizado por Boleiro foi de 507 milhões de euros, em 2023, que compara com o melhor do PS – 425 milhões, em 2018. Como diria Guterres, é fazer as contas.

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