Rui Matos

O candidato do ADN à Câmara Municipal de Ponta Delgada, Rui Matos, defendeu hoje a conclusão do aproveitamento do empreendimento habitacional Piedade Jovem, de 73 apartamentos, negócio que o município açoriano “não concluiu”.

Em declarações à Lusa, Rui Matos considerou que o atual presidente à Câmara de Ponta Delgada e recandidato ao cargo pelo PSD, Pedro Nascimento Cabral, “acordou muito tarde para a habitação”, nos “últimos seis meses de mandato”, e “não conclui o negócio” do Piedade Jovem, empreendimento adquirido por um investidor residente na Suíça, na sequência da falência do construtor do projeto.

A Câmara de Ponta Delgada celebrou um contrato de compra do Piedade Jovem, na freguesia dos Arrifes, com o investidor, com a condicionante que o negócio só avançaria se uma candidatura a submeter ao IRU- Instituto da Habitação e da Reabilitação fosse aprovada, o que não se concretizou, e tivesse o aval do Tribunal de Contas.

De acordo com o candidato do ADN, “se fossem já feitas as obras [no empreendimento], num espaço de seis meses a um ano estariam prontas”.

Mas, acrescentou, pelo contrário, “está-se a fazer apartamentos de raiz”, o que vai “demorar muito mais tempo”.

Por outro lado, Rui Matos considerou que a quantidade de apartamentos e casas que estão a ser construídos “é irrisório para as necessidades do concelho de Ponta Delgada”.

“Vamos voltar à estaca zero se ganhar [o PSD] as eleições”, lamentou o candidato, defendendo uma aposta do município em cooperativas de habitação, bem como na construção de habitações para os mais desfavorecidos.

Além disso, acrescentou, as casas que são atribuídas aos munícipes devem contemplar rendas a definir consoante o IRS e tendo em conta as “possibilidades financeiras do agregado familiar”.

O candidato disse ainda que devem ser tidas em conta situações de exceção, perante uma doença ou desemprego.

“Não é só essa classe baixa que temos que olhar, mas também os jovens que estão a trabalhar mas que não conseguem crédito para comprar uma habitação, que está caríssima, o dobro do preço que há sete ou oito anos atrás”, afirmou.

A Estratégia Local de Habitação da Câmara Municipal de Ponta Delgada detetou no concelho cerca de 600 habitações que “não reúnem as condições necessárias para oferecer dignidade” aos cidadãos.

Concorrem à Câmara Municipal de Ponta Delgada nas eleições de domingo Isabel Almeida Rodrigues (Unidos por Ponta Delgada – coligação PS, BE, PAN e Livre), Sónia Nicolau (Ponta Delgada Para Todos – independente), Pedro Nascimento Cabral (PSD), Alexandra Cunha (IL), José Pacheco (Chega), Henrique Levy (CDU – coligação PCP/PEV) e Rui Matos (ADN).

No atual executivo, o PSD tem cinco elementos, contra quatro do PS.

Na Assembleia Municipal (51 membros), onde existem seis grupos e representações municipais (PSD, PS, IL, BE e os independentes Santa Clara Vida Nova e Sempre Candelária), os sociais-democratas têm 25 mandatos.

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