A cabeça de lista do movimento cívico independente Ponta Delgada para Todos comprometeu-se hoje a criar, nos primeiros 100 dias de mandato, caso seja eleita no domingo, uma unidade municipal de intervenção para reforçar a segurança nas ruas.

Sónia Nicolau, que falava após uma reunião no Lar da Levada, alertou para “o flagelo social” que se vive nas ruas de Ponta Delgada e “a insegurança” sentida pela população, em especial pelos cidadãos mais vulneráveis.

“Vim transmitir esta mensagem de proximidade e de garantia de que vamos fazer tudo para melhorar as condições de segurança nas ruas de Ponta Delgada, principalmente dos nossos idosos, a quem nós tanto devemos”, sublinhou a candidata, em declarações à agência Lusa.

A proposta da cabeça de lista à autarquia açoriana inclui a criação de uma equipa de intervenção municipal que atuará em conjunto com a Polícia Municipal e em parceria com associações locais, com vista à identificação de pessoas em situação de sem-abrigo ou toxicodependência.

“Quem quer ajuda terá ajuda. Quem não quer ajuda, e que é um perigo para si ou para os outros, deverá ser sinalizado perante a autoridade de saúde ou o Ministério Público”, afirmou Sónia Nicolau, que defendeu uma intervenção “muito firme, com muita responsabilidade e com humanismo” perante a situação.

Reiterando o compromisso de “uma ação concertada”, logo “nos primeiros 100 dias”, a candidata disse que “existem várias situações que concorrem para a insegurança que se vive em Ponta Delgada”.

Por isso, afirmou, a gestão municipal deve ter um papel ativo na prevenção da insegurança. Caso seja eleita, garantiu, será “uma presidente de proximidade” e “uma presidente que tudo vai fazer para que a segurança volte a Ponta Delgada”, sem se limitar a “assinar apenas protocolos”.

“A gestão municipal, a forma como gerimos o município, como decidimos abrir ou fechar ruas, ter ou não ter um regulamento de funcionamento de bares, que, neste caso não existe – todas estas decisões concorrem para a insegurança”, apontou.

Sónia Nicolau propõe ainda a criação de espaços de acolhimento de pequena dimensão para sem-abrigo, com capacidade máxima até 10 pessoas, “tal como defendem as associações”.

A segurança dos idosos é outra das prioridades apontadas pela candidata, que defendeu protocolos específicos com instituições “onde os idosos possam cuidar da sua saúde física e da sua saúde mental”, sublinhando tratar-se de questões “essenciais para o envelhecimento saudável”.

“É este projeto de confiança que quero. E gostava que os cidadãos de Ponta Delgada dessem no dia 12 de outubro esta confiança para que possamos responder com a mesma confiança”, sublinhou.

Concorrem à Câmara de Ponta Delgada nas eleições de domingo, além de Sónia Nicolau, Nascimento Cabral (PSD, presidente, que se candidata a um segundo mandato), Isabel Rodrigues (Unidos por Ponta Delgada – coligação PS, BE, PAN e Livre), Alexandra Cunha (IL), José Pacheco (Chega), Henrique Levy (CDU – coligação PCP/PEV) e Rui Matos (ADN).

O atual executivo é composto por cinco elementos do PSD e quatro do PS.

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