A bienal Walk&Talk, que vai acontecer de 25 de setembro a 30 de novembro em São Miguel, nos Açores, quer refletir sobre “novas formas de estar em conjunto” a partir do tema “Gestos de Abundância”.
Num comunicado, a organização adianta que na edição inaugural enquanto bienal, o Walk&Talk pretende “explorar novas formas de estar em conjunto, passando de uma cultura de escassez para uma de imaginação partilhada, generosidade e ligações abertas”.
“Ao longo de dois meses, a bienal cria relações inesperadas entre arte, ecologia, espiritualidade e comunidade”, lê-se na nota de imprensa.
O evento vai arrancar com um programa de quatro dias que inclui “inaugurações, performances, concertos, conversas, excursões, visitas guiadas, festas e rituais coletivos” em vários locais da ilha com a presença de “artistas, curadores, investigadores e comunidades locais”.
A organização destaca, também, a realização de um momento designado “Simpósio” (07 a 09 de novembro) que pretende criar um “espaço de diálogo” para “ligar perspetivas locais a conversas globais sobre ecologia, identidade e comunidade”.
A programação vai encerrar com momentos dedicados à reflexão sobre o “tema central” da bienal.
“A bienal encerra com um programa de três dias dedicado à partilha de processos, celebração de colaborações e reflexão sobre as experiências geradas ao longo do evento. Artistas, participantes e público reúnem-se para pensar sobre os caminhos abertos pela bienal”, realçam.
Ao longo do Walk&Talk está prevista a realização de um programa de mediação de públicos, designado “Sintonizar”, que visa “fomentar uma relação mais próxima e duradoura” entre os artistas e as “dinâmicas artísticas, culturais e sociais do arquipélago”.
“Ao longo de toda a sua duração, a bienal é também ativada pelo ‘Sintonizar’, o seu programa de mediação de públicos. Através de excursões, visitas orientadas, oficinas e assembleias abertas, promove oportunidades de encontro e diálogo entre artistas, comunidades e visitantes”, concluem.
Após 14 anos como festival (nasceu em 2011), a Walk&Talk assume, a partir deste ano, um formato bienal com atividades, sessões e espetáculos sob a curadoria de Claire Shea (Toronto, Canadá), Fatima Bintou Rassoul Sy (Dakar, Senegal), Liliana Coutinho (Lisboa) e Jesse James (Açores), também diretor artístico do evento.
Um dos momentos da bienal será a exposição “Gestos de Abundância” que se vai desdobrar por várias estações da programação, com obras que pretendem “ativar as diferentes dimensões do território”.
A exposição resulta do trabalho dos artistas Nadia Belerique, Joana Sá, Jokkoo Collective, Malala Andrialavidrazana, Helle Siljeholm, Lucy Bleach, José Pedro Cortes, Sofia Rocha, Meg Stuart, Resolve Collective, Inês Coelho da Silva & Kita Rancaño Ward, Rafa Bqueer & Soya the Cow, Alice Visentin, Colectiva Malva, Ebun Sodipo, Walla Capelobo, Mae-Ling Lokko e Janilda Bartolomeu.
A Walk&Talk é organizada pela associação Anda&Fala, com sede em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.