O grupo parlamentar do PS/Açores submeteu ao parlamento regional um requerimento a pedir explicações sobre o atraso no reembolso dos utentes que beneficiam de sensores de glicose e medicamentos como o Ozempic e o Trulicity.
A líder parlamentar do PS/Açores, Andreia Cardoso, citada em nota de imprensa, acusa o Governo Regional de “ter colocado em risco centenas de doentes diabéticos, ao permitir a suspensão da comparticipação de sensores de glicose e de medicamentos essenciais, como o Ozempic e o Trulicity, entre os dias 08 e 18 de agosto”.
Segundo a parlamentar da oposição, “esta falha do Governo dos Açores obrigou muitos açorianos a suportar custos incomportáveis para a sua situação económica”, quando estes medicamentos e dispositivos “deveriam estar comparticipados, tal como acontece no continente e na Madeira”.
Andreia Cardoso considera que em causa está a “falta de orientações atempadas do Governo Regional, ao contrário do que sucedeu na Madeira”, onde “a aplicabilidade da portaria nacional foi imediatamente garantida”.
A deputada socialista refere os sensores de glicose “custam mais de 50 euros sem comparticipação”, quando os utentes “deveriam pagar menos de oito euros”.
No requerimento, para além de se pedir esclarecimentos sobre a razão do atraso, pretende-se saber “a forma como será feito o reembolso dos utentes prejudicados” e quer-se a garantia de que “situações semelhantes não se voltarão a repetir”.