A deputada municipal da Calheta Graça Pita, do CDS-PP, é a cabeça de lista dos centristas à presidência da Câmara daquele município da zona oeste da Madeira, nas autárquicas de 12 de outubro.

Nascida em 24 de janeiro de 1967 (58 anos), teve durante 19 anos um gabinete de desenho, através do qual projetou “muitas casas para o concelho da Calheta”, indicou hoje, em declarações à agência Lusa.

Atualmente, está mais focada na política, fazendo parte da junta de freguesia calhetense há oito anos, desde as autárquicas de 2017, ano em que se iniciou na política, e é também deputada municipal eleita pelos democratas-cristãos.

Graça Pita defendeu que o turismo é necessário e rejeitou haver excesso de turismo no concelho, mas ressalvou que “a Calheta é uma terra para todos” e defendeu que “é preciso pensar um bocadinho mais nos calhetenses”.

“Nós começamos a ver que a Calheta está a crescer, não queremos que a Calheta cresça a duas velocidades, os que vêm de fora com dinheiro e os da Calheta para trás”, apontou.

“Queremos uma Calheta para todos”, reforçou Graça Pita.

No entender da candidata, é necessário pensar em medidas que ajudem a fixar no concelho os muitos jovens que estão a emigrar, assim como também conceder mais apoios aos idosos.

Graça Pita afirmou que os anteriores mandatos do PSD não foram todos negativos, mas “podiam talvez fazer mais, porque é o PSD, têm o governo [regional] por detrás, como se diz”.

Entre algumas reclamações sentidas no município, a cabeça de lista destacou as redes de esgotos e as Estações de Tratamento de Águas e Resíduos, que não estão a funcionar devidamente.

A vereação da Calheta é liderada pelo social-democrata Carlos Teles, que cumpre o terceiro e último mandato, sendo composto por seis elementos do PSD e um do PS (Sofia Canha).

Além da candidatura do CDS-PP, são também conhecidas as do PSD (Doroteia Leça), do PS (Sofia Canha) e do JPP (Basílio Santos).

Este município, no extremo oeste da ilha, tem cerca de 11.400 habitantes, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a 2024, distribuídos pelas freguesias do Arco da Calheta, Calheta, Estreito da Calheta, Prazeres, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo, Jardim do Mar e Paul do Mar, abrangendo uma área estimada em cerca de 116 quilómetros quadrados, o que representa 15% da superfície total da Madeira.

O CDS-PP concorre coligado com os sociais-democratas em oito dos 11 concelhos da região autónoma nas autárquicas de 12 de outubro.

Nos concelhos de Santana (o único na região governado pelo CDS-PP), Calheta e Câmara de Lobos, ambos liderados pelos sociais-democratas, o CDS-PP concorre isolado.

Nas últimas autárquicas, em 26 de setembro de 2021, a coligação PSD/CDS-PP venceu em três dos 11 concelhos da Madeira: Funchal, São Vicente e Porto Santo.

O PSD, isolado, venceu em Câmara de Lobos e Calheta, enquanto o CDS-PP ganhou sozinho em Santana.

O PS conquistou a maioria Porto Moniz, Machico e Ponta do Sol, enquanto o JPP manteve a presidência em Santa Cruz.

Na Ribeira Brava venceu o movimento Ribeira Brava em Primeiro, com uma lista que recebeu o apoio de sociais-democratas e centristas.

 

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