Acorda-se por ela aos estouros, inexorável, nesta cidade, a dia 15 de agosto; os mentecaptos julgam, em nome do Cordeiro de Deus, ao cumprirem o ritual profano do lançamento de foguetes que irão com mais alguém até Ele, por aquele incómodo da pirotecnia. Pelo contrário, esse servo da virtude, feliz e honrado não imagina o que lhe rogam, ao invés da piedade.
Contudo, o empecilho das paixões, comum de resto na ideologia obscura, consta das “abdicações” de Emil Cioram, de resignação cavernosa, contributiva para a tolerância, “a consecução negativa do homem, ei-lo posto a nu, esse ser que afirma ter uma ascendência divina, patético falsário (…), barro no qual deus jamais tocou, animal que nenhum anjo altera (…). Esta citação transversal, ubíqua e adotada pelo legado progressista de transformação da linguagem política, da estupidez insidiosa é igualitária; converte o direito de propriedade dos financeiros, dos financiadores, dos especuladores e dos funcionários de consagração das “estruturas de dominação”, em produtos da cooperação social. Na Europa, no pináculo geopolítico da União Europeia, a CE órgão executivo do funcionalismo, simula a dedicação à estupidez honesta* com “linha extensa” a soldo da estupidez superior*.
Descolonizemos da globalidade. De linguagem sobranceira, de diluição também, força de expressão de escala teórica de sentido, além de, mas desde logo com o direito de reserva hegemónico, à semelhança do tempo das ideologias, fortemente caracterizado pela fronteira e em que os graus distintos de inferioridade e força projetada entre o Ocidente e o Oriente valeram até que a comunicação varresse a orografia e as construções alienígenas. O que é interessante para os pubescentes, hoje, por insipiência e relativismo, são as aparências científicas com imputações sociais de âmbito político, poderão levar igualmente os tíbios a refundar o Prémio Estaline da Paz, que contemplou o poeta chileno, Pablo Neruda, deslumbrado com o ditador soviético nascido na Geórgia.
Pululam novos carreiristas estoicos, indiferentes ao entabulado destinado aos paraísos. Ao rol dos indivíduos abordado em Genocídio em curso, de por junto é reposta, Kaja Kallas, esse arremedo de vida de composição, Frankenstein, representante aberrante, portanto, da diplomacia da União Europeia, com ficha clínica que a história há de lavar para papel de parede, com apostilas e referencial demência reservados, claro! Declarou: “Se a Europa não consegue derrotar a Rússia como podemos derrotar a China?”
Da santa ignorância, a que somos obrigados a bordejar, a epítome da retórica belicosa da consular, atual Comissão Europeia, a “Europa está preparada”, na condição de acompanhante política de Volodymir Zelensky, com Ursula von der Leyen, para humildemente continuar excluída do substantivo acordo de paz, por um lado e do acordo de cessar-fogo, por outro, com muitos interessados no prolongamento da guerra na Ucrânia. Posto isto, resultado congelado no Alasca, lembremo-nos a distância que queremos da estupidez, dado que no sufrágio universal, foi negociado o direito de voto adquirido – “ignorantes e menos capazes”, incluído – pelos “mais avisados e talentosos”, com privilégios exclusivos. Não é assim tão estranho. Primeiro pelo aumento de direitos, em abstrato, de aplicação seletiva e depois com ordinais em aberto, perante o nacionalismo de recursos, (re)emergente! A ideia da construção de um túnel no Estreito de Bering está grafada.
*Conceitos de Roberto Musil.