Os peixes do mar mais populares (anos 50 e 60) na ilha de São Miguel eram: o Chicharro (peixe mais popular entre todos os Micaelenses e o único acessível pelos pobres), a Cavala, a Moreia, o Safio, a Raia, o Peixe-rei, o Bonito, a Albacora, a Serra, a Toninha, e a Abrótea, os outros peixes como o Boca-negra, Alfoncim, Rocáz, etc, eram mais raros e o Goráz e o Pargo nem vê-los.
A Veja, por incrível que pareça não era comercializada nas Furnas. O peixe consumido nas Furnas vinha predominantemente da Ribeira Quente e era comercilizado através dos vendilhões de peixe, sendo que muitos se deslocavam a pé e outros, muito poucos vinham de burro.
Os Açorianos desde o povoamento do Arquipélago que sempre conviveram com o mar e com a pesca, garantindo assim parte do seu sustento, mas este relacionamento evoluiu muito ao longo dos séculos e principalmente nas últimas décadas.
Os peixes ditos nobres e ricos consumidos nos Açores na atualidade estão ligados a uma frota de pesca e pescadores que podem ir pescar mais longe da costa e com meios técnicos ao dispor que não tem nada a ver com os utilizados no passado, com a melhoria do poder de compra dos consumidores e finalmente à exportação de peixe que aumentou exponencialmente.
De tal forma que a par da preocupação com o rendimento de armadores e pescadores, está em cima da mesa a legítima preocupação com a gestão dos stocks das espécies, e que são um imperativo crítico para a sustentabilidade das espécies a pescar.
Neste contexto, a Universidade dos Açores e o OKEANOS, desempenham um papel fundamental, tal como as Organizações representativas do sector. O futuro das espécies e das pescarias passa hoje, pelas práticas, esforço de pesca, alterações climáticas e controlo do lixo e poluição em geral do mar. Infelizmente, o futuro afigura-se preocupante para o sector das pescas.
A pesca do Atum, também se inclui nas ameaças acima referidas, ultrapassado assim o recorrente problema do seu armazenamento/congelação.