Refletir sobre o futsal feminino demanda, por parte dos líderes, mais suporte financeiro e um interesse maior numa modalidade já consolidada em São Miguel e Santa Maria. Com o início da nova temporada em 1 de julho, será que veremos novos clubes aderindo ao futsal feminino?

A evolução do futsal feminino não se restringe a São Miguel e Santa Maria, mas depende da colaboração com outras associações açorianas. Recentemente, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol anunciou um investimento de 22 milhões de euros no futebol feminino para 2025/2026. Haverá apoio reforçado para o futsal feminino? Não podemos esquecer que a seleção sénior feminina de futsal está entre as melhores do mundo.

Pergunto: algum financiamento chegará às associações para aprimorar o desenvolvimento desportivo nos clubes?

Observando o cenário local, é crucial continuarmos a apoiar os clubes com futsal feminino, como já faz a AFPD, mas um planeamento mais eficaz com as outras associações congéneres é fundamental. Recordo que as cimeiras desportivas ocorriam em agosto para planear a época seguinte. Contudo, houve mudanças dessas datas, e agora só acontecem muito mais tarde. Será isso o ideal? As cimeiras das associações, geralmente na Terceira, precisam ser mais produtivas para o desenvolvimento do futsal, sem esquecer o feminino e ser incrementado por clubes das outras ilhas, pois é uma lacuna.

Na época passada, o CD Santa Clara sagrou-se campeão da AFPD, mas não competiu a nível regional devido à falta de clubes inscritos nas outras ilhas. Além disso, o Santa Clara foi impedido de participar em provas nacionais por falta de recursos financeiros. Que esforços foram feitos junto à secretaria responsável pelo desporto para solucionar esse problema? Houve empenho do presidente da AFPD em resolver a situação financeira do Santa Clara, deixando de lado questões pessoais, para viabilizar a participação nacional?

As associações enfrentam um dilema sobre qual vertente (futebol ou futsal) apoiar no futuro. No entanto, com os apoios anunciados, parece que o foco se deslocará para o futebol feminino.
Entendo que muitos dirigentes associativos vieram do futebol, e o surgimento e crescimento do futsal geraram resistências que persistem até hoje. Precisamos ser justos e lembrar que as associações têm duas vertentes que merecem apoio. São modalidades distintas, que só têm em comum é serem jogadas com os pés.

A nova liderança da AFPD, escolhida há pouco tempo, estabeleceu metas claras para impulsionar aprimoramento do futsal. É crucial evitar a falta de progresso. Observando as ações anteriores da AFPD, notamos a criação de uma equipe técnica para o futebol, incluindo treinadores e diretores femininos, e o que foi realizado no futsal.

Devido à demissão do selecionador de futsal, Delfim Pereira, o vice-presidente Hélder Carvalho precisou liderar uma seleção no inter associações, e a questão é se essa será a prática daqui para frente.

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