A candidata do PSD/Açores à presidência da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Eugénia Leal, acusou hoje o executivo socialista de lançar uma “manobra eleitoralista” ao anunciar, a dois meses das eleições autárquicas, a criação de um grupo técnico-científico para a valorização do Ilhéu de Vila Franca do Campo.
Segundo a social-democrata, a medida pretende “disfarçar a negligência dos últimos cinco anos de governação” e surge “tarde demais” para resolver problemas identificados desde 2020.
“Este é um problema identificado há quatro anos, mas que foi sucessivamente ignorado pela atual Câmara, resultando na interdição total a banhos. Agora, depois de anos de degradação ambiental, surge um grupo que nem sequer inclui o Clube Naval de Vila Franca do Campo, entidade concessionária do Ilhéu, o que esvazia qualquer intenção séria de intervenção”, afirmou.
Eugénia Leal sublinhou que “o Ilhéu de Vila Franca do Campo merece mais do que ações simbólicas em véspera de eleições”, alertando para o impacto económico e social da quebra de 75% nas visitas, denunciada pelo Clube Naval.
A candidata reafirmou o compromisso do PSD local com a criação de um plano técnico-científico abrangente, integrando todos os atores locais e prevendo obras estruturais, como o saneamento e a recuperação ambiental do Ilhéu, com prazos definidos e execução no terreno.
Defendeu ainda a implementação de soluções que permitam reabrir o Ilhéu aos banhos em segurança, requalificar o espaço e recuperar a sua importância turística, rejeitando “grupos de trabalho vazios e anúncios de última hora”.
Eugénia Leal voltou também a defender a criação de um Centro Interpretativo do Ilhéu, a instalar no Forte do Tagarete, “valorizando a relação da Vila com a sua história e com a economia do mar” — proposta que, segundo afirma, “foi sempre desvalorizada pelo executivo socialista, que agora tenta apresentá-la como ideia própria”.