O presidente do Governo Regional dos Açores disse hoje que a visita de Marcelo Rebelo de Sousa “não será a última”, esperando que o chefe de Estado possa voltar “o mais depressa possível” antes do fim do mandato.
Numa conferência de imprensa na residência oficial do Presidente do Governo Regional dos Açores, após uma reunião com o Presidente da República, José Manuel Bolieiro agradeceu e disse estar satisfeito com o facto de o Presidente da República ter aceitado o seu convite para a visita aos Açores que está a realizar, acrescentando que esta “não será a última”.
Questionado sobre se já há mais detalhes quanto a essa visita, Bolieiro sublinhou a agenda “muito criativa e dinâmica” de Marcelo Rebelo de Sousa, que torna dificulta adiantar uma data, afirmando apenas que deseja que essa visita aconteça “o mais depressa possível e natural no quadro do seu mandato”.
Bolieiro, fazendo um balanço da visita do Presidente da República aos Açores – que termina este domingo -, explicou que o objetivo era transmitir a Marcelo uma “mensagem significante” sobre a sua “perspetiva para a governação autonómica e a compreensão nacional e comunitária do valor dos Açores”.
O líder do governo regional açoriano sublinhou a importância de “garantir um compromisso solidário do país e da União Europeia” com os Açores para fazer face ao seu distanciamento ultraperiférico através de “apoios ao desenvolvimento, à prosperidade e à coesão social e territorial”.
Bolieiro defendeu que os Açores “já não são meramente a região das necessidades, mas também uma região de oportunidades” que “precisam de ser compreendidas pelo país e pela UE”.
O presidente do Governo regional elogiou ainda a “especial sensibilidade” de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a “cogestão partilhada do mar e do espaço” das quais, acrescentou não abdica.
“Nós não somos, como soe dizer-se, um povo ribeirinho. Nós somos um povo marítimo. E, por isso, é justo que nos domínios ambiental e económico possamos ter o direito a uma cogestão e uma gestão partilhada destas áreas novas da economia e das economias de futuro. E, por isso, também quero ter esta sensibilidade europeia, nacional, política e jurisdicional. Também tenho trabalhado por isso”, disse.