Angra do Heroísmo, Açores, 31 jul 2025 (Lusa) – Os Açores registaram mais de 516 mil dormidas em alojamentos turísticos no mês de junho, uma subida de 3,2% face ao período homólogo, segundo dados revelados hoje pelo Serviço Regional de Estatística (SREA).
“Em junho, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural) dos Açores registaram-se 516,5 mil dormidas, valor superior em 3,2% ao registado no mês homólogo”, lê-se no relatório de Atividade Turística do SREA, divulgado hoje.
Segundo o SREA, o crescimento foi semelhante ao registado a nível nacional (3,1%).
No primeiro semestre de 2025, os Açores atingiram 1,9 milhões de dormidas em alojamentos turísticos, o que representou um crescimento de 7% face ao período homólogo.
Em junho, a região contabilizou 151,6 mil hóspedes (mais 1,4%), com uma estada média de 3,41 noites, que aumentou 1,8% em termos homólogos.
Os residentes no estrangeiro representaram mais de metade das dormidas neste mês (74,5%), totalizando 384,6 mil, um crescimento de 6,8% face ao período homólogo.
Pelo terceiro mês consecutivo, o mercado nacional registou uma quebra de dormidas nos Açores, totalizando 131,8 mil (25,5% do total), menos 6% do que em junho de 2024.
Entre os mercados externos, os Estados Unidos da América foram o maior mercado emissor, com 73,9 mil dormidas (19,2% das dormidas de residentes no estrangeiro), mais 4,8% do que no período homólogo.
Em segundo lugar, surge a Alemanha, com 63,3 mil dormidas (16,5%), apresentando um acréscimo de 17,2%, e em terceiro a Espanha, com 49,1 mil dormidas (12,8%) e uma subida de 5,5%.
Israel (79,8%), Polónia (47,4%) e Canadá (19,3%) foram os mercados com maior crescimento homólogo.
Em sentido contrário, Eslovénia (-35,4%), Eslováquia (-27,1%) e Bélgica (-17,0%) apresentaram as maiores descidas.
Com 247 mil dormidas, a hotelaria concentrou 47,8% do total em junho, seguindo-se o alojamento local, com 242,5 mil dormidas (47%), e o turismo no espaço rural, com 26,9 mil dormidas (5,2%).
Enquanto o turismo no espaço rural registou um crescimento homólogo de 11,3% e o alojamento local de 9,1%, a hotelaria apresentou uma quebra de 2,7%.
Considerando apenas hotelaria e alojamento local, que concentraram 94,8% das dormidas, todas as ilhas verificaram uma variação homóloga positiva, em junho, com exceção da Terceira, que apresentou uma quebra de 1,8%.
Santa Maria foi a ilha que mais aumentou o número de dormidas (25,7%), seguindo-se Graciosa (25,6%), Corvo (20,2%) e São Jorge (15,8%).
A ilha das Flores registou um crescimento de 13,8%, o Faial de 10,4%, o Pico de 6,9% e São Miguel de 1,4%.
A ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, concentrou 67,7% das dormidas em hotelaria e alojamento local (331,6 mil), em junho, seguindo-se a Terceira, com 62,6 mil dormidas (12,8%), o Pico, com 31,7 mil dormidas (6,5%) e o Faial, com 29,2 mil dormidas (6%).
O mercado nacional teve maior peso nas dormidas das ilhas Graciosa (71,4%) e Santa Maria (58%).
Os mercados alemão e norte-americano destacaram-se como principais mercados externos na maioria das ilhas, mas no Corvo a maioria dos turistas estrangeiros chegou de Espanha (11%).
Na hotelaria, a taxa líquida de ocupação por cama atingiu 65,4% em junho (menos 1,1 pontos percentuais) e os proveitos totais subiram 8,6% para 25,3 milhões de euros.
O rendimento médio por quarto disponível foi de 114,69 euros e por quarto utilizado de 152,02 euros.
Já o turismo no espaço rural apresentou uma taxa líquida de ocupação por cama de 46,2% (menos 1,2 pontos percentuais) e proveitos totais de 2,9 milhões euros (mais 16,9%).
Nesta tipologia, o rendimento médio por quarto disponível atingiu 89,66 euros e por quarto utilizado 168,35 euros.
No alojamento local, não são apresentados dados sobre os proveitos, mas a taxa bruta de ocupação por cama foi de 42,7% (mais 0,2 pontos percentuais).
Segundo o relatório, 15,9% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes em junho.