O secretário regional do Ambiente e Ação Climática alertou hoje para a necessidade urgente de revisão da carreira dos vigilantes da natureza, matéria que “não depende” do Governo Regional, mas que vai abordar com a República.

“Esta é uma matéria prioritária a abordar com a respetiva tutela do Governo da República e que tenciono efetivar nos próximos contactos, alertando para a necessidade urgente de revisão da carreira dos vigilantes da natureza”, disse Alonso Miguel, citado numa nota de imprensa do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).

A propósito do Dia Mundial do Vigilante da Natureza, que hoje se assinala, o governante referiu que o anterior Governo da República anunciou, em 2023, no Faial, que até ao final desse ano, concretizaria a revisão, o que “acabou por não se verificar”.

“Arriscamo-nos a perder profissionais altamente formados, dedicados e competentes numa carreia que é fundamental para os Açores, em busca, legitimamente, de melhores condições profissionais e pessoais”, alertou o titular pela pasta do Ambiente nos Açores.

Alonso Miguel sustentou que o Governo açoriano tem feito “um esforço financeiro muito significativo”, para capacitar do ponto de vista operacional a atividade dos vigilantes da natureza nos serviços de Ambiente de cada ilha do arquipélago, com a aquisição de equipamentos essenciais para sua atuação, como viaturas ‘pick-up’, embarcações pneumáticas, equipamentos tecnológicos e operacionais, fardamento e ‘drones’, “num investimento que ascende já a cerca de um milhão de euros”.

O secretário regional destacou ainda “o reforço do corpo de vigilantes da natureza, ao nível dos recursos humanos, realizado em 2024, com a abertura de concurso para recrutamento de mais 12 elementos para os quadros dos Serviços de Ambiente e Ação Climática de diversas ilhas”, que aumentou “o efetivo para 53 vigilantes da natureza nos Açores”.

No entanto, acrescentou, “persiste uma lacuna significativa, que não depende do Governo Regional, mas sim do Governo da República, que se refere à revisão da carreira dos Vigilantes da Natureza”, para a valorização da atividade e do estatuto profissional e que “possa, sobretudo, introduzir a categoria de técnico superior.

Ainda segundo Alonso Miguel, atualmente cerca de metade dos vigilantes da natureza dos Açores são licenciados ou têm graus de habilitação literária superiores.

Alonso Miguel realçou também o papel fundamental dos vigilantes da natureza “na monitorização e vigilância das áreas protegidas, na conservação da natureza, na proteção da biodiversidade e na preservação da qualidade ambiental das nove ilhas, considerando que prestam ainda um serviço extraordinariamente importante ao nível da educação e sensibilização ambiental da comunidade”.

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