Foto: CCIPD
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A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada considerou hoje que a garantia de uma escala semanal do navio Margarethe à ilha de Santa Maria, coloca-a em “pé de igualdade” com as restantes.

Em comunicado, a direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada – Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria (CCIPD) congratula-se “com a decisão conjunta do Governo Regional dos Açores [PSD/CDS-PP/PPM] e dos armadores de cabotagem nacional, que permitirá que a ilha de Santa Maria passe a beneficiar de uma escala direta com o navio Margarethe”.

“Esta medida coloca finalmente Santa Maria em pé de igualdade com as restantes ilhas, em conformidade com o que foi proposto pela Comissão Técnica Independente no âmbito do estudo sobre o transporte marítimo para os Açores, estudo esse que previa a implementação destas alterações já a partir de janeiro de 2025”, refere.

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Para a CCIPD, a concretização desta escala representa “uma resposta concreta e imediata a um problema estrutural de abastecimento que penalizava fortemente a economia local e que tinha sido identificado e valorizado em diversas tomadas de posição públicas”.

A estrutura empresarial salienta, no entanto, que o navio Margarethe continuará a ter como prioridade a operação para a ilha das Flores, “o que é justo e compreensível, dada a sua situação particular”.

Por outro lado, aponta que os principais constrangimentos operacionais “continuam centrados nas limitações do porto de Vila do Porto, nomeadamente devido às condições de acessibilidade, ao edital da Capitania do Porto, e às restrições operacionais definidas pelo Departamento de Pilotagem da Portos dos Açores”.

Assim, admitindo que a solução é “importante e bem-vinda”, a CCIPD considera que “não substitui a necessidade de um investimento estrutural na melhoria das condições operacionais do porto de Vila do Porto, para garantir regularidade, previsibilidade e eficiência logística para Santa Maria no médio e longo prazo”.

Desta forma, a direção e a delegação da ilha de Santa Maria da associação empresarial aguardam que a medida “se consolide e que o diálogo entre os diversos intervenientes continue, com vista à consolidação de um modelo logístico mais justo, equitativo e funcional para todas as ilhas” açorianas.

A delegação da ilha de Santa Maria da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, manifestou este mês preocupação pelos constrangimentos logísticos no transporte de mercadorias e apelou ao Governo Regional que os resolva.

Em comunicado, a estrutura empresarial mostrou-se “muito preocupada com os graves constrangimentos logísticos que a ilha de Santa Maria continua a enfrentar” em matéria de transportes marítimos.

Segundo a CCIPD, a situação deve-se à inexistência de um acordo de ‘slot’ entre o operador de tráfego local e os armadores de cabotagem insular, que operam as ligações entre os Açores e o continente português, e à “operacionalidade limitada” do porto de Vila do Porto.

Para a direção da associação empresarial açoriana é “imprescindível que o Governo Regional tome as medidas necessárias para garantir uma operação marítima semanal à ilha de Santa Maria, sem acréscimo de custo para os utilizadores e com garantia de proteção da carga em caso de perda da mesma durante a operação marítima”.

“A resolução destes constrangimentos é vital para a competitividade das empresas e para a qualidade de vida da população da ilha”, salientou.

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